EUA

Joe Biden: gafes desastrosas só confirmam a inevitável queda de um candidato acabado

Confundir Zelensky com Putin é o símbolo do triste fim de uma campanha que nem deveria ter começado

Enquanto a realidade pega fogo, Biden tenta passar força e tranquilidade. Mas ninguém mais acreditaCréditos: Reprodução/Casa Branca
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Nesta quinta-feira (11), Joe Biden cometeu uma série de gafes durante a Cúpula da OTAN em Washington. O mandatário confundiu Zelensky com seu maior inimigo, Vladimir Putin, e depois chamou sua vice-presidente, Kamala Harris, de Trump.

A cúpula da organização foi elaborada pela Casa Branca para demonstrar força de Biden no campo internacional. Mas o tiro saiu pela culatra e Biden, que já conta com 56% de rejeição eleitores do seu próprio partido segundo pesquisa Washington Post-ABC, sai ainda mais enfraquecido da campanha.

Biden só foi colocado no tíquete democrata em 2020 para evitar uma vitória do socialista Bernie Sanders. Naquela época, já era impopular, cheio de gafes e decrépito. Não podemos nos esquecer disso. Consciente das críticas, ele havia prometido que não concorreria a reeleição. No ano passado, confirmou que iria para a corrida, já cercado de oposição interna.

Em novembro do ano passado, a Fórum já aventava os problemas de Biden. 

"Já Biden compete praticamente sozinho em sua corrida pela nomeação democrata. A não ser que tudo mude nos próximos meses: o presidente tem demonstrado fraqueza política e popularidade baixa recentemente.

Com uma rejeição média de 55% no mês de outubro. Algumas pesquisas chegam a dar 60% de desaprovação para o atual presidente. Com a guerra em Israel - que é rejeitada pela maioria da população estadunidense - e o conflito irresoluto na Ucrânia, Biden fica sem vitórias internacionais para chamar de suas".

Uma panela de pressão

Além da questão de saúde, Biden não conseguiu transformar seu governo em uma força motriz de mudanças. Apesar da melhora de indicadores econômicos, o presidente dos EUA não conseguiu abrir sua popularidade entre negros, mulheres e trabalhadores.

Quatro anos depois ou seis meses depois, Biden piorou. Agora, os doadores pressionam, os políticos democratas pressionam e os eleitores pressionam. Ninguém quer Biden por mais quatro anos. A desistência é questão de tempo. A pergunta é: quem irá ao lugar.

Michelle Obama não quer ser a candidata.

Restará a Kamala Harris, uma candidata errática e rejeitada por parte do partido, mas mais popular que Biden entre os eleitores, a missão de vencer Trump. Não será uma campanha fácil. Mas talvez seja mais fácil do que convencer o atual presidente de largar o osso, afinal, todo mundo - exceto Biden - já sabe que ele não será o candidato nas urnas em novembro de 2024.

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