Primeiro país a realizar a votação para as eleições europeias que acontecem até o domingo (9), os Países Baixos devem ter uma vitória, por margem estreita, da coalizão de esquerda (GL/PvdA) que une socialistas e verdes. É o que indica uma pesquisa de boca de urna da Ipsos, feita para a cadeia de televisão neerlandesa NOS.
As projeções com base na sondagem indicam que a aliança liderada por Frans Timmermans, ex-comissário para o clima da União Europeia, deve conquistar 8 das 31 cadeiras a que o país tem direito no Parlamento Europeu. O Partido da Liberdade (PVV), sigla de extrema direita de Geert Wilders, favorito segundo as pesquisas anteriores para obter o maior número de cadeiras, elegeu sete parlamentares.
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O Partido Popular da Liberdade e Democracia (VVD), legenda de centro-direita do atual primeiro-ministro Mark Rutte, deve ficar com o terceiro lugar, elegendo quatro deputados.
Em comparação com a eleição de 2019, a coalizão de esquerda e o VDD perderam um parlamentar cada, enquanto o partido de Wilders ganhou seis assentos a mais no Parlamento Europeu.
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A taxa de participação nos Países Baixos foi a mais elevada desde 1989, com 47% dos eleitores comparecendo às urnas.
Extrema direita frustrada
Ainda que tenha obtido um crescimento expressivo em relação ao pleito de 2019, a legenda de Geert Wilders, líder anti-União Europeia conhecido também por seu posicionamento preconceituoso anti-islâmico, esperava vencer após o triunfo eleitoral nas eleições gerais de novembro de 2023. A coalizão de esquerda celebrou o resultado.
"Os partidos pró-europeus nos Países Baixos saíram-se muito bem nestas eleições, o que envia um sinal claro ao resto da Europa de que não há necessidade de trabalhar com a direita radical. O pressuposto de que a direita radical iria vencer estas eleições não se concretizou nos Países Baixos", declarou à Euronews o ex-primeiro vice-presidente da Comissão Europeia Frans Timmermans.
Os resultados oficiais serão divulgados domingo, quando todos os países europeus tiverem encerrado a votação.