Nesta segunda-feira (3), Hunter Biden, empresário e filho do presidente dos EUA Joe Biden, se sentou no banco dos réus em uma corte em Delaware por uma acusação criminal de porte de arma.
Essas acusações decorrem da compra e posse de uma arma em 2018, enquanto ele era viciado em drogas.
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As acusações incluem falsificação de documentos na compra de arma de fogo e posse ilegal de arma de fogo por usuário ou viciado em substância controlada. Se condenado, ele pode pegar até 25 anos de prisão.
Neste julgamento, Biden será sentenciado por Maryella Noreika, juíza indicada por Donald Trump, ex-presidente dos EUA e presidenciável nas eleições de 2024.
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A defesa de Hunter alega que este é um julgamento político utilizado para atacar a campanha de seu pai. Desde 2018, Trump tem enfaticamente utilizado a figura do filho de Biden para tentar atacar seu oponente democrata.
Outros problemas de Hunter
Hunter Biden se envolveu em um esquema para sonegar US$ 1,4 milhão em impostos federais em 2018. Segundo investigações, ele falsificou o processo de folha de pagamento e retenção de impostos da sua própria empresa, enquanto gastava milhões em um estilo de vida luxuoso.
Hunter Biden se declarou inocente tanto das acusações fiscais quanto das acusações de porte de arma. A sua equipe jurídica contestou as provas contra ele, argumentando que algumas das alegações do governo são imprecisas ou exageradas.
As acusações fiscais estão sendo processadas pelo procurador dos EUA David Weiss, que foi nomeado pelo ex-presidente Trump e mais tarde nomeado conselheiro especial para supervisionar as investigações sobre Hunter Biden.
Laptop e drogas
Durante as eleições de 2020, o conteúdo de um laptop de Hunter Biden foi vazado. A imprensa estadunidense taxou a história como fake news, mas era verdade.
No aparelho, estavam milhares de registros de Hunter utilizando drogas como crack e cocaína, ostentando dinheiro e se relacionando com prostitutas de luxo.
Hunter sempre foi visto pelos opositores como um ponto fraco da família Biden por seu histórico de dependência química em crack.
O vazamento serviu para colocar a opinião pública contra o filho do presidente, que estaria abusando de drogas e ostentando verbas graçasao dinheiro e influência de seu pai.
Quid pro quo de Trump
Em 2020, Donald Trump foi acusado de tentar um quid pro quo ao oferecer ao recém eleito presidente ucraniano Volodymyr Zelensky apoio militar para investigar Hunter Biden por corrupção na Ucrânia.
Hunter era ligado de uma gigante de gás ucraniana, a Burisma, e uma série de suspeitas de corrupção incidem sob a empresa e sobre o próprio filho de Joe Biden.
Um informante do FBI chegou a afirmar que Hunter havia recebido propinas da empresa, mas as acusações foram consideradas insuficientes e a fonte chegou a ser processada por mentir em depoimento.
Trump foi alvo de um processo de impeachment que foi barrado no Senado dos EUA, mas se explicitou que Hunter era um foco político da extrema direita. E segue sendo.