Nesta quinta-feira (27), Joe Biden e Donald Trump se encontram para seu primeiro debate de olho nas eleições presidenciais dos EUA, que estão marcadas para 5 de novembro de 2024.
O encontro, organizado pela CNN, é o primeiro debate e foi antecipado para antes da confirmação de Biden e Trump como candidatos por seus partidos.
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O embate será um grande teste de força para entender se Biden está mentalmente apto para enfrentar o republicano. Nos últimos meses, o estado cognitivo de Biden tem sido criticado pelas elites do partido democrata e pelo público.
Gafes e "apagões" do presidente preocupam a opinião pública e o debate será um verdadeiro teste para entender se o presidente ainda é capaz de se manter na Casa Branca.
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Problemas com as elites
Enquanto Trump abre vantagem na pesquisa Siena de 4 pontos contra o atual presidente, a campanha Biden tem tido outro problema importante para garantir uma vitória em novembro.
O ex-presidente Donald Trump e o Comitê Nacional Republicano arrecadaram um recorde de $141 milhões em maio de 2024, superando significativamente o presidente Joe Biden e o Comitê Nacional Democrata, que arrecadaram $85 milhões. Uma derrota fulcral para a campanha do presidente.
Isso significa que os bilionários e as elites financeiras dos EUA têm apostado financeiramente em Trump. E que investir em Biden não anda valendo tanto a pena.
Vale lembrar que doação de campanha não é beneficência, mas investimento: os mais ricos apoiam os candidatos que acham que vão vencer para garantir privilégios durante o mandato. E, neste momento, as elites dos EUA não enxergam Biden como enxergam Trump.
Biden precisa, simultaneamente, além de se mostrar psicologicamente capaz para os eleitores, cumprir uma dura missão dupla:
O presidente precisa mostrar para o eleitorado que é o candidato que melhor pode atender as demandas dos latinos, negros, pobres, LGBTQIA+, mulheres e da classe média branca.
Simultaneamente, deve garantir para as elites que é o candidato do mercado, que pode manter os investimentos em defesa em alto nível, além de beneficiar causas de diferentes doadores, como o genocídio de Israel em Gaza, a manutenção da guerra na Ucrânia e o lucro de Wall Street nas alturas.
Os dois esforços são contraditórios e Biden parece não significar nem uma coisa, nem outra. E quem sabe, se falhar em suas missões, pode ser descartado pelo partido Democrata antes de agosto para que um novo candidato seja empossado no combate contra Trump.