FAIXA DE GAZA

Manipulação midiática: quando o assassinato de 270 pessoas se torna um mero entretítulo

Para a mídia tradicional , ocidental e brasileira, vidas israelenses importam mais do que vidas palestinas

Bombardeio devasta regiao de Nuseirat.Créditos: Reprodução de Vídeo
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Como os veículos de comunicação do Ocidente e do Brasil trataram o massacre do Campo de Refugiados de Al Nuseirat, na Faixa de Gaza após a operação que resgatou reféns, em oito de junho.

Contra ou favor, a informação publicada representa o sentido do discurso, tendo o objetivo subliminar de consolidar uma mensagem nos corações e mentes daqueles que consomem informação E o sionismo sabe muito bem fazer isso, para o mal, é claro, através dos grandes veículos de comunicação da mídia ocidental e aqui do Brasil.

Senão, vejamos o caso do noticiário que envolveu a carnificina promovida pelo exército sionista que assassinou mais de 270 no campo de refugiados de Al Nuseirat, na Faixa de Gaza, para justificar o resgate de quatro reféns israelenses que estariam em poder do Hamas.

Manchetes que escondem o fato principal

Apresentamos exemplos para a situação de manipulação e direcionamento desse fato que virou notícia. Começamos pelo canal público alemão “Deustche Welle” (DW). No sábado, oito de junho, o DW publicava a seguinte manchete: “Israel anuncia ter libertado quatro reféns em Gaza”. 
Já o “La Vanguardia”, da Espanha, publicou o seguinte título: “O exército israelense resgata quatro reféns vivos de Al Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza”. 

No Brasil, a chamada do site do Jornal o Globo estampou: “Exército de Israel anuncia resgate de quatro reféns com vida em Gaza”. 

Note que nenhuma dessas manchetes fazem menção ao número de palestinos assassinados no massacre. A informação só aparece no decorrer dos textos publicados desses veículos, em subtítulos, entretítulos, nota de rodapé ou praticamente como frase final de cada reportagem/matéria publicada. 

Isso demonstra como a morte, o assassinato de palestinos pelo governo sionista, entra no contexto da notícia como um mero detalhe. É tratada como um efeito colateral de uma ação militar que aparentemente foi bem-sucedida, os olhos de quem não tem ideia do que aconteceu de verdade. Para esses veículos, a mensagem passada é de que quatro vidas israelenses valem mais do que a vida de 270 palestinos. 

Um dos poucos veículos de imprensa a aplicar o que podemos considerar um jornalismo isente e de verdade, seria o exemplo do diário português, Público, que manchetou da seguinte maneira: “Israel mata mais de 270 pessoas em uma operação em Gaza para resgatar quatro reféns”.

Mesmo que os poderosos do sionismo não queiram, vidas palestinas importam. Apesar das manipulações midiáticas.

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