Neste domingo (9), o deputado Benny Gantz anunciou a sua saída do gabinete de guerra israelense e se tornou último membro da ala de centro-direita a sair da coalizão de Netanyahu.
A partir de agora, Netanyahu está isolado apenas com sua coalizão de extrema direita dentro do gabinete. Mas isso não é tão simples quanto parece.
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Gantz era um entreposto entre EUA e Israel dentro do gabinete político. Ele era o principal defensor de acordos com o Hamas para libertação de reféns e tentava refrear o avanço brutal em Gaza, além de não defender a recolonização da região sob júdice sionista.
Opositor de Netanyahu, Gantz foi general do exército israelense e possui profunda conexão com a área de segurança e espionagem privada israelense.
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Sua saída do governo de guerra tem como objetivo pressionar o atual governo a fazer eleições e a criação de um novo gabinete de guerra totalmente alinhado com os EUA, sem a extremíssima direita de Itamar Ben Gvir.
Do outro lado, Netanyahu perde a voz moderada dentro da sala de decisões, controlada por ele e por extrema direita expansionista que quer abertamente o extermínio completo dos palestinos.
A tendência com a saída de Gantz é a intensificação do massacre contra os palestinos de Gaza e a continuidade da guerra nos próximos meses.
Para Netanyahu, trata-se de uma derrota. Benny Gantz lidera as pesquisas e um de seus aliados, Yair Lapid, está em terceiro lugar, dando mais capacidade de formação de um governo de centro-direita nas próximas eleições, ainda sem data.
Sem Gantz e com menos apoio dos EUA, a situação interna israelense se complica. E a situação dos palestinos se torna cada vez arriscada.