No próximo dia 2 de junho, a segunda maior economia da América Latina vai às urnas para decidir quem será a sua próxima presidente.
Estão no páreo pela presidência três figuras: Cláudia Sheinbaum, Xótichl Gálvez e Jorge Maynez, que corre por fora como uma "terceira via".
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A sucessão do popularíssimo atual presidente André Manuel Lopez Obrador, o AMLO, está sendo acirrada em terras mexicanas e definirá o futuro do país, que tem adotado posturas na política interna e externa desalinhadas aos EUA.
A liderança nas pesquisas é de Sheinbaum, candidata de esquerda e sucessora de AMLO para o cargo. Segundo as intenções de voto, a candidata pode superar as expectativas.
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Quem é Cláudia Sheinbaum
Claudia Sheinbaum é cientista política e engenheira ambiental. Ela ganhou notoriedade por ser a primeira mulher e a primeira judia a ocupar o cargo de prefeita da Cidade do México.
Sheinbaum tem uma longa história de atuação em níveis regionais e nacionais. Ela começou sua carreira política em 2000, quando foi nomeada Secretária do Meio Ambiente do Distrito Federal pelo seu padrinho político, AMLO, quando este governo a Cidade do México.
Depois, em 2018, foi eleita prefeita da capital. Seu principal foco foi a implementação de políticas ambientais e de desenvolvimento sustentável, incluindo a expansão da coleta de água de chuva, a reforma do gerenciamento de resíduos e o início de um programa de reflorestamento.
Em 2023, ela anunciou que deixaria o cargo de prefeita para concorrer às eleições presidenciais de 2024, tornando-se a candidata oficial do partido Morena.
A carreira de Sheinbaum é marcada por suas posições progressistas e ambientalistas e é declaradamente uma algo do modelo econômico neoliberal.
Pesquisas presidenciais no México
As pesquisas presidenciais do México indicam uma larga uma vantagem Sheinbaum.
Nas pesquisas mais recentes, Sheinbaum tem uma intenção de voto efetiva de 58%, o que representa 23 pontos à frente de sua principal rival da oposição, Xóchitl Gálvez, que tem 35% de apoio.
Jorge Álvarez Máynez, o candidato do partido Movimento Cidadão, uma terceira via de direita, fica atrás com 7% de apoio.
A forte posição de Sheinbaum nas pesquisas é atribuída principalmente à sua associação com o popular presidente em exercício, Andrés Manuel López Obrador, cujos índices de aprovação estão próximos de 60%.
Gálvez, por outro lado, é a candidata da Frente Ampla pelo México, uma coalizão de partidos de oposição, incluindo o Partido Ação Nacional, o Partido Revolucionário Institucional e o Partido da Revolução Democrática. Ou seja, a velha guarda da política mexicana.
A eleição é significativa não apenas porque determinará o sucessor de López Obrador, mas também porque representa uma oportunidade histórica para o México eleger sua primeira presidente mulher.
Uma vitória de Sheinbaum enfraqueceria ainda mais a posição dos EUA na América Latina. E a continuidade do Morena pode mostrar como a esquerda pode seguir vencendo no campo democrático de maneira combativa e anti-hegemônica.