Uma das principais responsáveis pelo pedido de prisão contra Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, e os líderes do Hamas foi a advogada especializada em direitos humanos, Amal Clooney.
A profissional foi uma das consultadas pelo procurador do Tribunal Penal Internacional, junto com uma equipe formada por alguns dos principais juristas em direito internacional. O pedido de prisão, agora, será analisado pelos juízes da Corte, que tem sede em Haia, na Holanda.
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Amal Clooney, que é casada com o ator George Clooney, vinha recebendo críticas por não se posicionar favoravelmente aos palestinos diante do massacre imposto por Israel.
A Fundação Clooney para Justiça divulgou um comunicado, no qual a advogada revelou que, no início de 2024, o procurador do Tribunal pediu que ela o “ajudasse a avaliar as evidências de supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Israel e Gaza”, de acordo com informações de Jamil Chade, no UOL.
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“Concordei e me juntei a um painel de especialistas jurídicos internacionais para realizar essa tarefa. Juntos, nos envolvemos em um extenso processo de revisão de provas e análise jurídica, inclusive no Tribunal Penal Internacional em Haia”, destacou Amal.
“Apesar de nossas diversas formações pessoais, nossas conclusões jurídicas são unânimes. Determinamos por unanimidade que o tribunal tem jurisdição sobre crimes cometidos na Palestina e por cidadãos palestinos. Concluímos unanimemente que há motivos razoáveis para acreditar que os líderes do Hamas, Yahya Sinwar, Mohammed Deif e Ismail Haniyeh, cometeram crimes de guerra e crimes contra a humanidade, inclusive sequestro de reféns, assassinato e crimes de violência sexual”, afirmou ela.
“Concluímos unanimemente que há motivos razoáveis para acreditar que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da defesa israelense, Yoav Gallant, cometeram crimes de guerra e crimes contra a humanidade, incluindo a fome como método de guerra, assassinato, perseguição e extermínio”, prosseguiu a jurista.
“A lei que protege os civis na guerra foi desenvolvida há mais de 100 anos e se aplica em todos os países do mundo, independentemente dos motivos do conflito. Como advogada de direitos humanos, jamais aceitarei que a vida de uma criança tenha menos valor do que a de outra. Não aceito que qualquer conflito esteja fora do alcance da lei, nem que qualquer agressor esteja acima da lei. Portanto, apoio a medida histórica que o promotor do Tribunal Penal Internacional tomou para fazer justiça às vítimas de atrocidades em Israel e na Palestina”, acrescentou a advogada.
Jurista representa vítimas de violência e agressão em massa
Amal Clooney é uma advogada conceituada que tem, no currículo, envolvimento em outros conflitos internacionais, representando vítimas de violência e agressão em massa.
Durante discurso nas Nações Unidas, em 2022, ela abordou o conflito na Ucrânia, que classificou como uma guerra de “massacre”.