O presidente dos EUA, Joe Biden, fez um discurso nesta quinta-feira (2) falando sobre os protestos estudantis que se espalham pelo país em defesa da causa palestina.
Após a brutal repressão das polícias estaduais contra os estudantes nas universidades de Columbia, California em Los Angeles e Texas, Biden foi pressionado a falar sobre a "intifada estudantil".
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Mais de 700 pessoas, incluindo uma candidata à presidência dos EUA - Jill Stein, do partido Verde - foram detidas desde a semana passada.
O discurso de Biden
E, depois de agredir manifestantes e prendê-los, Biden falou que o país não é uma ditadura.
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"Não somos uma nação autoritária onde silenciamos as pessoas e sufocamos a dissidência", disse Biden. "Mas também não somos um país sem lei. Somos uma sociedade civil. E a ordem deve prevalecer."
"O protesto pacífico está na melhor tradição de como os americanos respondem a questões importantes”. Destruir propriedades, disse Biden, “não é um protesto pacífico. É contra a lei.”
As propriedades sendo destruídas eram os gramados de universidades, que estavam sendo ocupadas por acampamentos de estudantes.
Casos de vandalismo foram mínimos nas universidades, mas conflitos entre estudantes sionistas e pró-palestina foram registrados em algumas universidades.
Em uma ocasião, uma milícia sionista atacou um grupo de estudantes na UCLA, sem qualquer repressão da polícia.
“Vandalismo, invasão, quebrar janelas, fechar campi, forçar o cancelamento de aulas e formaturas - nada disso é um protesto pacífico", continuou Biden. “Ameaçar pessoas, intimidar pessoas, instilar medo nas pessoas não é protesto pacífico. É contra a lei.”
“Eu entendo que as pessoas têm sentimentos fortes e convicções profundas”, disse Biden. “Na América, respeitamos o direito e protegemos o direito delas de expressar isso. Mas isso não significa que tudo é permitido", continuou.
As manifestações devem continuar nas próximas semanas nas principais universidades dos EUA. A fala do presidente foi duramente criticada pelos ativistas pró-Gaza, que rechaçam a caracterização dos protestos como violentos ou desordeiros.