Em um evento para angariar fundos para sua campanha eleitoral, o presidente dos EUA, Joe Biden, chamou Japão e Índia de países "xenófobos" que não recebem imigrantes e os colocou lado a lado com adversários como China e Rússia.
A polêmica declaração foi feita na noite desta quarta-feira (1) apenas três semanas após a calorosa recepção na Casa Branca ao primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, durante uma visita oficial.
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No encontro com o líder japonês, Biden enalteceu a "aliança inquebrável" entre os dois países, especialmente em questões de segurança global.
Além disso, a Casa Branca também recebeu com pompa o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, em uma visita de Estado no verão passado.
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O Japão é um aliado crucial dos Estados Unidos, enquanto a Índia, uma das economias de crescimento mais rápido do mundo, desempenha um papel vital na região do Indo-Pacífico.
Plateia de origem asiática
A angariação de fundos ocorreu em um hotel, onde o público doador era em grande parte asiático-estadunidense. Biden disse que a próxima eleição nos EUA era sobre “liberdade, a América e a democracia” e que a economia do país estava prosperando “por causa de você e de muitos outros”.
Ele também atacou a China, dizendo que a economia do país está mal.
“Por que? Porque nós damos as boas-vindas aos imigrantes”, disse Biden. “Olha, pense nisso. Por que a China está tão mal economicamente? Por que o Japão está tendo problemas? Por que a Rússia é? Por que a Índia é? Porque eles são xenófobos. Eles não querem imigrantes”.
O presidente acrescentou: “Os imigrantes são o que nos torna fortes. - Não é uma piada. Isso não é uma hipérbole, porque temos um influxo de trabalhadores que querem estar aqui e querem contribuir.
Os comentários de Biden vieram no início do Mês da Asiática e do Patrimônio das Ilhas do Pacífico, e ele foi apresentado na angariação de fundos pela senadora Tammy Duckworth, democrata de Illinois, um dos dois senadores de ascendência asiática. Ela é co-presidente nacional de sua campanha de reeleição.