A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou um projeto para combater o antissemitismo que está sendo acusado de censurar a Bíblia.
A lei, que amplia a definição de antissemitismo, passou por 320 votos a 91, sendo 71 democratas e 20 republicanos na oposição.
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Ele é visto como uma resposta, com apoio de entidades judaicas, às manifestações estudantis que pedem cessar-fogo em Gaza e boicote, desinvestimento e sanções a Israel.
A American Civil Liberties Union opinou:
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A lei federal já proíbe a discriminação e o assédio antissemita por parte de entidades financiadas pelo governo federal. RH O 6090 não é, portanto, necessário para proteger contra a discriminação antissemita; em vez disso, provavelmente reduziria a liberdade de expressão dos estudantes nos campi universitários, ao equiparar incorretamente as críticas ao governo israelense ao antissemitismo.
O poderoso lobby de Israel financia as campanhas de centenas de políticos dos Estados Unidos.
Por isso, a hashtag Estados Unidos de Israel tem sido impulsionada nas redes sociais.
TUCKER CARLSON
O ídolo da extrema-direita dos Estados Unidos, Tucker Carlson, respondeu à postagem de outro apoiador de Donald Trump, que perguntou se a Bíblia havia sido censurada pelo Congresso.
Sim. O Novo Testamento.
A deputada Marjorie Taylor Greene, outra estrela do trumpismo, votou contra:
O antissemitismo é errado, mas não votarei hoje a favor da Lei de Conscientização sobre o Antissemitismo de 2023 (HR 6090), que poderia condenar os cristãos por antissemitismo por acreditarem no Evangelho que diz que Jesus foi entregue a Herodes para ser crucificado pelos judeus.
Na verdade o texto da lei, reproduzido pela própria deputada, diz que é antissemitismo:
Usar os símbolos e imagens associados ao antissemitismo clássico (por exemplo, alegações de que os judeus mataram Jesus) para caracterizar Israel ou os israelenses.
O deputado Matt Gaetz, republicano da Flórida, se opôs ao projeto com base na religião:
O próprio Evangelho atenderia à definição de antissemitismo nos termos deste projeto de lei! O projeto de lei diz que a definição de antissemitismo inclui “exemplos contemporâneos de antissemitismo” identificados pela Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA). Um desses exemplos inclui: “…alegações de judeus matando Jesus…” A Bíblia é clara. Não há mito ou controvérsia sobre isso. Portanto, não apoiarei este projeto de lei.
Houve críticas também à esquerda. O parlamentar britânico George Galloway, do Partido dos Trabalhadores, observou no X:
O Congresso dos EUA acaba de tornar ilegais citações da Bíblia à qual eles juram fidelidade! E tudo por Israel. Pensem nisso...
Depois de passar na Câmara, o projeto segue para o Senado.