Pelo menos 90 pessoas ficaram feridas na manhã desta sexta-feira (10) após uma colisão entre trens urbanos ocorrida em Buenos Aires, capital da Argentina. Logo após o choque entre as composições, cerca de 70 pessoas receberam atendimento médico ali mesmos e 30 delas foram encaminhadas a hospitais.
Segundo o jornal Clarín, duas pessoas tiveram de ser retiradas com helicópteros devido a ferimentos graves. Uma delas teria tido um trauma no tórax e fraturas em membros superiores. Outros dois hospitalizados tiveram traumatismos cranianos. Até a última atualização não havia vítimas fatais.
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O acidente ocorreu num viaduto a poucos metros da estação Palermo, próximo ao centro. Na ocasião, um trem de carga estava parado nos trilhos para receber manutenção quando um trem de passageiros apareceu na mesma linha e houve o choque, que foi seguido por explosão e perda de combustível. Após o acidente as autoridades avaliam as condições do próprio viaduto, que é considerado instável.
Entre as hipóteses ventiladas pelas autoridades na imprensa argentina, a principal é a de que teria havido uma falha nos sistemas de comunicação da linha. O roubo de cabos de cobre – delito relativamente comum na capital argentina – seria uma das razões para a falha. Mas à AFP, Omar Maturano, liderança do sindicato dos maquinistas, diz que o problema é mais estrutural do que parece.
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Ele reconheceu que nos últimos 10 dias os roubos de cabos de cobre realmente dispararam. Mas também apontou que a categoria tem alertado o problema para as autoridades e pedindo que sejam reparados. No entanto, disse que o desinvestimento no equipamento e a falta de orçamento para a empresa de transporte teriam sido entraves para a devida manutenção.
“Há uma degradação total da empresa, não apenas em relação às reposições para sinalização, mas também aos trens e vagões porque não há orçamento”, afirmou.