TRAGÉDIA ECONÔMICA

Efeito Milei: Argentina terá inflação de 150% e queda no crescimento em 2024, diz FMI

Dados assustadores do FMI mostram falência econômica da Argentina neste ano

Javier Milei tem demonstrado incapacidade política e ainda não coleciona frutos de sua austeridade totalCréditos: World Economic Forum/Ciaran McCrickard
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No relatório Perspectivas Econômicas Mundiais publicado nesta terça-feira (16), o FMI anunciou previsões horrorosas para a economia argentina no ano de 2024.

O órgão, que apoia as medidas ultraliberais de Javier Milei - como o corte de subsídios, demissões em massa no funcionalismo público e privatização de empresas -, prevê um futuro sombrio para a Argentina.

Segundo o FMI, o PIB argentino vai cair 2,8% em 2024, e uma inflação de 150% estimada até o fim do ano de 2024. Seria uma queda em relação a 2023, mas ainda distante da meta de reduzir a inflação em dois dígitos logo no primeiro ano de mandato.

CENÁRIO TURBULENTO

Uma nova pesquisa da Universidade de San Andrés mostra que Milei conta com cerca de 51% de aprovação, mas que a insatisfação do país com a economia bate os 70%.

Os entraves que o governo anda sofrendo nas câmaras legislativas e a chuva de escândalos que circundam o seu governo mostram que a própria continuidade do governo de extrema direita pode estar em xeque.

O desemprego, antes um problema relativamente controlado pela Argentina, agora se torna a segunda preocupação geral da população argentina.

O governo Milei anunciou a demissão de 11 mil funcionários públicos, o que compromete a vida de milhares famílias. Por outro lado, reajustou os preços de gás e gasolina, que podem aumentar até 600% durante o inverno.

Mas o governo encontrou dinheiro para comprar 26 caças F-16 da Dinamarca nesta semana. Do outro lado, a pobreza aumenta e alcança 40% da população.