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Sem dinheiro, Milei compra 24 caças banguelas e procura guerra para usá-los

As justificativas do presidente argentino para comprar 24 caças F16 inúteis para combate

Créditos: Imagem retirada de vídeo
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Sem dinheiro, com uma das maiores inflações do mundo, o povo na fila da indigência, aconselhado por seus cachorros o presidente da Argentina Javier Milei decidiu comprar 24 aviões de combate F16, fabricados nos Estados Unidos, mas que estavam encostados num hangar das Forças Aéreas da Dinamarca.

São 24 caças F-16 que não estavam sendo mais usados em operações militares e serão entregues banguelas, sem equipamentos ou armas. A promessa é que serão reequipados pelos Estados Unidos.

Dentro da cabeça de Milei a compra tem lógica: aeronaves de combate banguelas para um país sem guerra. Mas, então, para que comprá-las, já que a Argentina está sem dinheiro, a ponto de o governo estudar medidas para permitir o repatriamento de dólares que argentinos possuem no exterior, sem impostos?

O caso é que Milei está louco por uma guerra para se por em pé de igualdade com Estados Unidos e Israel. Já falou que vai levar a embaixada da Argentina em Israel para Jerusalém, quando as embaixadas ficam em Tel-Aviv.

Com o recente ataque do Irã a Israel, em resposta ao ataque de Israel à embaixada iraniana na Síria, o presidente dos EUA Joe Biden convocou um Comitê de Crise no sábado. Milei então tratou de convocar uma reunião do Comitê de Segurança da Argentina no domingo para tratar das posições do país, da qual participou o embaixador de Israel, Eyal Sela. Talvez seja a primeira vez no mundo que um representante de país estrangeiro participa da reunião do Comitê de Segurança de um país.

Segundo Milei, a Argentina vai atuar em “solidariedade com o Estado de Israel”, na “defesa dos valores ocidentais” e até na “defesa da propriedade privada”.

Para Milei, a Argentina tem que estar preparada, pois já seria alvo do terrorismo internacional.

Esse"já" de Milei se refere a acontecimentos de há mais de 30 anos: os ataques à Embaixada de Israel (1992) e a AMIA (1994), que ocorreram exatamente quando o presidente da época, Carlos Menem, agiu como age Milei agora comprando briga dos outros.

Um país pacífico pode acabar vítima do terror exatamente pelo comportamento de seu presidente.

A compra dos F16 banguelas foi festejada por Milei na rede X, do bilionário Elon Musk, queridinho de Milei, que finalizou com seu bordão:

 

— "Viva la libertad carajo".