O candidato da oposição unificada venezuelana Edmundo González Urrutia, confirmado como principal pleiteador ao cargo de Nicolás Maduro nas eleições de 2024, agradeceu o apoio de Lula e Gustavo Petro, presidente da Colômbia, pela confirmação de sua candidatura.
Urrutia afirmou que Petro e Lula agiram com "muito interesse e responsabilidade" pela presença de seu nome na cédula, e que têm sido os principais mediadores entre oposição e o governo Maduro.
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O candidato da Plataforma Unitária tem perfil relativamente desconhecido e foi escolhido por ser um consenso entre as alas da oposição de extrema direita e de direita, que incluem o governador de Zulia, Manuel Rosales, mais moderado, e Maria Corina Machado, de extrema direita.
Urrutia nunca concorreu a nenhum cargo eletivo e não tem experiência eleitoral como cabeça de chapa, sendo uma aposta da oposição por ser justamente desconhecido e pouco popular, sendo uma "folha em branco" na tentativa de vencer Maduro.
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No Brasil, a extrema direita se calou sobre o tema.
O que Lula diz sobre as eleições venezuelanas
A primeira candidata da oposição era Maria Corina Machado, que foi barra pela Justiça por ter colaborado com o governo do Panamá e aceitado um cargo diplomático em país estrangeiro.
Machado indicou uma segunda candidata, Corina Yoris, que não conseguiu se registrar a tempo. Lula criticou a definição. "Ela não foi proibida pela Justiça. Me parece que ela se dirigiu até o lugar e tentou usar o computador, o local, e não conseguiu entrar. Então foi uma coisa que causou prejuízo a uma candidata", continuou.
"O dado concreto é que não tem explicação. Não tem explicação jurídica, política, você proibir um adversário de ser candidato."
Contudo, Lula elogiou o consenso da oposição em torno do nome de Urrutía e acredita que a participação da Plataforma Unificada no pleito é positiva.
"É uma coisa extraordinária, se reuniu e apresentou um único candidato", disse o presidente brasileiro. "Se o Brasil for convidado [a observar], participará do acompanhamento dessas eleições, na perspectiva de que, quando terminarem essas eleições, as pessoas voltem à normalidade, ou seja, quem ganhou toma posse e governa e quem perdeu se prepara para outras eleições", completou.