Nesta segunda-feira (1), o governo de Benjamin Netanyahu aprovou com grande consenso no parlamento de Israel, o Knesset, a proibição das atividades da Al Jazeera em Israel.
A emissora, que sempre teve um viés pró-Palestina e tem financiamento do Catar, se tornou uma das principais vozes contra Israel, em especial a partir de 7 de outubro.
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A Al Jazeera fez duras críticas ao governo israelense e era um importante meio de comunicação dos palestinos na Cisjordânia e os árabes que vivem em Israel.
A empresa possui rígidos critérios jornalísticos, mas isso não é o suficiente para a "única democracia do Oriente Médio", que vai censurar o veículo de comunicação.
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Até os EUA criticaram a decisão do Knesset. “Acreditamos na liberdade de imprensa. É crítico. É extremamente importante, e os Estados Unidos apoiam o trabalho extremamente importante dos jornalistas em todo o mundo, e isso inclui aqueles que estão a reportar o conflito em Gaza”, disse Karine Jean-Pierre, porta-voz do governo Biden, a jornalistas.
"Se esses relatos forem verdadeiros, isso é preocupante para todos nós", afirmou.
Com a sanção de Netanyahu, o governo israelense se autorizará a banir a Al Jazeera, expropriar seus equipamentos e proibir a entrada de profissionais estrangeiros em solo israelense.
A medida também pode se estender para outros periódicos que têm instalações em Israel e forem críticos ao genocídio operado pelo IDF contra os palestinos.
Jornalistas mortos por Israel
A Organização das Nações Unidas (ONU) menciona que mais de 122 jornalistas e trabalhadores da mídia foram mortos em Gaza desde 7 de outubro.
Em 2021, a jornalista da Al Jazeera Shireen Abu Akleh, correspondente palestino-americana que trabalhou como repórter por 25 anos para a emissora, foi morta por um soldado israelense enquanto cobria um ataque no campo de refugiados de Jenin.