Em uma postagem na rede X, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou que romperá relações diplomáticas com Israel se o país descumprir resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas determinando um cessar-fogo em Gaza.
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Nas últimas 24 horas, 81 palestinos morreram e 93 ficaram feridos nos ataques de Israel a Gaza -- de acordo com o Ministério da Saúde local.
O governo de Israel retaliou os Estados Unidos pela abstenção, cancelando o envio de uma delegação que discutiria alternativas a um ataque terrestre a Rafah.
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Mesmo com ampla oposição internacional, o governo de Israel insiste em atacar a cidade onde há mais de um milhão de refugiados palestinos, alegando que precisa acabar com o Hamas.
O temor é que um ataque, previsto para o mês de abril, aprofunde a crise humanitária em que estão mergulhadas centenas de milhares de pessoas.
Israel promete mover os civis antes do ataque, mas boa parte de Gaza está em escombros, sem serviços de saúde, coleta de lixo, distribuição de água ou alimentos.
Nos últimos dias surgiram indícios de que o Hamas se reagrupou no norte de Gaza, de onde havia sido expulso por Israel.
Por isso, endureceu nas negociações e agora diz que só aceita soltar os reféns se Israel se retirar de Gaza, permitir aos refugiados internos que retornem para suas casas e fizer um acordo para libertar prisioneiros palestinos.
O Hamas parece acreditar que, usando táticas de guerrilha, conseguirá impor severas baixas às Forças de Defesa de Israel se de fato houver a ofensiva contra Rafah.
BOICOTE INTERNACIONAL
Mesmo fortes apoiadores de Israel, como o ex-presidente Donald Trump, manifestam preocupação com o andamento do conflito, que já esgarçou as relações internacionais de Tel Aviv e pode evoluir para um boicote internacional.
Além da promessa da Colômbia, Bolívia e África do Sul romperam relações com Israel e o projeto de aproximar Tel Aviv de países como a Arábia Saudita está congelado.
Os Estados Unidos sob Joe Biden continuam enviando mensagens dúbias sobre o conflito. Por exemplo, enfatizando que a decisão do Conselho de Segurança é apenas uma recomendação, sem força legal por causa de nuances na linguagem da resolução.
Contrariando a pretensão de aliados, o governo de Benjamin Netanyahu diz que pretende assumir o controle de Gaza e "reeducar" a população local -- o que eliminaria de vez a chance de um estado palestino a curto prazo.
Por isso, Tel Aviv trabalha pela demolição da Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNWRA), responsável pela saúde e educação em territórios palestinos sob ocupação e na diáspora.
A UNWRA também cuida dos registros dos palestinos que se consideram refugiados, aos quais as leis internacionais garantem "direito de retorno".