A ONU acusa o governo israelense de impedir que sua agência para refugiados palestinos, a UNRWA, entregue ajuda humanitária no norte de Gaza.
A região do Norte de Gaza já é um local de fome e desnutrição há semanas e a situação se intensificou muito após o avanço israelense em Khan Younis.
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O massacre da Farinha, em que Israel matou mais de 100 pessoas que tentaram pegar comida humanitária, ficou marcado como um dos eventos mais trágicos dos últimos meses.
Israel não respondeu oficialmente, mas acusa a UNRWA de ter funcionários envolvidos em ataques contra Israel e que seriam membros do Hamas. A ONU afirma que os funcionários acusados foram demitidos, mas insiste que suas operações são cruciais para a sobrevivência dos palestinos em Gaza.
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O chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, criticou as autoridades israelenses por se recusarem a aprovar qualquer comboio de alimentos para o norte de Gaza. O Diretor-Geral da OMS, Tedros Gebreyesus, condenou a decisão de Israel, alertando sobre um aumento na fome, bem como o chefe de operações humanitárias da ONU, Martin Griffiths, e também o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, criticou as ações de Israel e enfatizou a importância de garantir o acesso aos alimentos. As informaç?es são do jornalista do UOL Jamil Chade.
Estima-se que pelo menos 20 crianças já tenham morrido de malnutrição em Gaza por conta do bloqueio israelense.
Israel x ONU
O conflito entre ONU e Israel foi aberto desde que o Secretário-Geral das Nações Unidas denunciou os ataques israelenses contra edifícios e funcionários do órgão em Gaza.
Dede então, Israel chegou a chamar a ONU de uma entidade antissemita. Mas escolheu um novo alvo nos últimos meses para tentar deslegitimar as Nações Unidas.
A UNRWA (Agência para refugiados palestinos das Nações Unidas) tem um papel essencial para distribuição de alimentos, educação e outras questões em Gaza, na Cisjordânia, no Líbano, na Síria e na Jordânia.
A agência foi feroz ao divulgar os crimes de Israel em Gaza. Após a invasão terrestre, surgiu a notícia de que "centenas de membros" da agência eram do Hamas.
A ONU ordenou o desligamento das pessoas para fins investigativos. Novas reportagens mostram que há fortes e densas alegações de tortura e maus-tratos de membros da UNRWA pelo exército israelense, incluindo acusações de espancamentos, humilhações, ameaças e violência sexual, bem como contra palestinos no geral.