O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou durante viagem à Arábia Saudita nesta quinta-feira (21), que o governo Joe Biden apresentou uma resolução no Conselho de Segurança da ONU pedindo um cessar-fogo imediato no genocídio imposto pelo governo sionista de Israel na Faixa de Gaza.
"Apresentamos uma resolução ao Conselho de Segurança apelando a um cessar-fogo imediato ligado à libertação dos reféns e esperamos que os países a apoiem", disse Blinken ao programa de TV Al Hadath News.
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Segundo Blinken, o apoio à proposta estadunidense de cessar-fogo "enviaria uma mensagem forte, um sinal forte” para por fim ao massacre.
“É claro que apoiamos Israel e o seu direito de se defender... mas, ao mesmo tempo, é imperativo que os civis que estão em perigo e que estão a sofrer tão terrivelmente – que nos concentremos neles, que os façamos uma prioridade, proteger os civis, obtendo-lhes assistência humanitária”, disse Blinken, segundo a mídia árabe.
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O pronunciamento aconteceu na sexta viagem do secretário de Biden ao Oriente Médio após o início da guerra. Após se encontrar com o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, príncipe Faisal bin Farhan, e o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, Blinken viajou ao Cairo.
Após cumprir agenda com autoridades do Egito, Blinken seguirá viagem rumo a Israel, onde deve encontrar novamente o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nesta sexta-feira (21).
"Chega"
A proposta de cessar-fogo do governo Biden foi apresentada meses após os EUA ser o único país a vetar a proposição brasileira com o mesmo pedido no organismo multilateral. O governo Lula apresentou a resolução, rejeitada pelos EUA, em 18 de outubro passado, 11 dias após a reação de Israel aos ataques do Hamas.
Uma das principais vozes no mundo contra a ação sionista, Lula voltou a falar do "genocídio" durante a festa de 44 anos do PT na noite desta quarta-feira (20) em Brasília.
“As pessoas que defendem paz no mundo não têm muita coragem de defender mulheres e crianças na Faixa de Gaza, que estão sendo assassinadas todos os dias, porque aquilo não é uma guerra, aquilo é um genocídio”, disse Lula.
“Da mesma forma que nós do PT condenamos o ato terrorista do Hamas, da mesma forma que nós defendemos que o Hamas tem que libertar os reféns israelenses, e que Israel tem que libertar os reféns palestinos, nós temos que dizer: chega de matar mulheres e crianças que não tem nada a ver com essa guerra”, emendou o presidente brasileiro.
Lula ainda voltou a questionar a posição da Organização das Nações Unidas diante do massacre. “Cadê a ONU, que deveria existir para evitar que essas coisas acontecessem?”, indagou.