O presidente brasileiro, Luis Inácio Lula da Silva vai liderar uma ação para que a Palestina seja admitida como membro permanente da Organização das Nações Unidas (ONU).
O acordo foi firmado neste domingo (17) durante reunião entre os chanceleres palestino, Riyad Al Maliki, e brasileiro, Mauro Vieira.
Te podría interesar
O ministro de Relações Exteriores chegou a Ramala, na Cisjordânia, neste domingo, para um périplo pela paz em Gaza. Nos próximos cinco dias, Vieira se reunirá com autoridades na Palestina, Jordânia, Líbano e Arábia Saudita.
Na conversa com Maliki, Vieira seguiu orientação de Lula para iniciar a campanha pela Palestina, que desde 2012 atua apenas como membro observador da ONU.
Te podría interesar
Diante da ofensiva sionista, com o genocídio na Faixa de Gaza, as autoridades palestinas vão pedir a entrada definitiva na organização. O Objetivo é impedir um novo avanço israelense em território palestino.
O Brasil vai trabalhar para angariar apoio à campanha alegando que a criação de dois estados na região, com fronteiras reconhecidas internacionalmente, só se dará com a paz e que, para isso, é necessário que a Palestina se torne membro efetiva da ONU.
Na reunião com Vieira, o chanceler palestino, que virá ao Brasil para acertar a campanha, "descreveu a extrema gravidade da situação humanitária em Gaza e destacou o papel corajoso do presidente Lula em defesa da Palestina e dos palestinos".
Maliki afirmou que Lula "mostrou liderança, coragem, compromisso e humanismo ao longo da atual crise em Gaza, e falou de forma "forte e clara", ao descrever "a situação como ela é".
"Para o chanceler palestino, que manifestou grave preocupação com os riscos de uma iminente ação militar em Rafah, o presidente brasileiro tem sido um dos poucos líderes mundiais a agir em defesa dos civis desde a primeira hora e a ter a coragem de "dizer as palavras certas na hora certa", diz o Itamaraty,.
A chancelaria brasileira também diz que "durante a reunião, Mauro Vieira reiterou a plena disposição brasileira em liderar esforço pela admissão da Palestina como membro pleno da ONU".