Uma série de manifestações populares foram reprimidas pela polícia colombiana nesta quinta-feira (8) na Suprema Corte do país. Os protestos tinham como objetivo pressionar o órgão na nomeação da procuradoria-geral da Colômbia, órgão central para a tentativa de golpe engendrada contra Gustavo Petro nas últimas semanas.
A repressão policial dura contra manifestantes do próprio governo foi registrada em vídeo e é mais um capítulo da recente insegurança institucional que tem como alvo o primeiro governo de esquerda da história da Colômbia.
Te podría interesar
Veja vídeo:
O motivo das manifestações
Uma investigação do governo colombiana com indícios confirmados pela Organização dos Estados Americanos (OEA) revelou que o líder de esquerda seria alvo de uma tentativa de golpe cuja liderança jurídica partiria da procuradoria-geral da república.
Te podría interesar
Francisco Barbosa, o procurador-geral, é um aliado de longa data de Iván Duque e Álvaro Uribe, dois governantes de direita que dominam a política colombiana há décadas.
Gustavo Petro pediu aos seus aliados políticos que pressionassem a Suprema Corte para que colocasse na fiscalía uma figura mais próxima ao governo.
“O que o procurador-geral procura é um golpe de Estado sob cobertura institucional, tal como queriam fazer na Guatemala e pelas mesmas razões”, disse Petro em X, horas depois de acusar o mesmo responsável de promover uma suposta “ruptura institucional."
Quem elege o novo chefe do ministério público é a Suprema Corte (e não o presidente, como no Brasil). E, ao invés de elegerem um nome legalista, os ministros do tribunal prorrogaram a eleição para manter a suspeita Martha Mancera como interina no cargo.
O cerco contra a Corte deve se seguir nos próximos dias e a grande imprensa segue pressionando para conseguir derrubar Petro e os movimentos sociais do governo.
As manifestações desta quinta-feira (8) parecem ser o início de uma disputa complexa entre Petro e o establishment político da Colômbia, que tem usado do lawfare para perseguir seu governo.