PALESTINA

Genocídio em Gaza: Israel ordena evacuação do último bastião palestino

Netanyahu quer que seu exército colonial “retire” mais de 1,5 milhões de palestinos que se abrigaram na fronteira com o Egito e não têm para onde ir

Netanyahu e seu mapa com um Oriente Médio sem os palestinos.Créditos: Reprodução/X
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O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ordenou nesta sexta-feira (9) que seu exército colonial, a IDF (Israel Defense Forces), evacue o último bastião palestino na Faixa de Gaza. A ordem expressa é para que os militares retirem de Rafah mais de 1,5 milhões de palestinos de toda a região que ali se refugiaram desde o início da recente escalada de agressões em outubro passado.

A cidade, que fica ao sul da Faixa de Gaza e faz fronteira com o Egito, foi o destino de todos os residentes da região, entre palestinos e estrangeiros, uma vez que no início da agressão militar os bombardeios tinham o norte do enclave, mais precisamente a Cidade de Gaza, como alvos.

Além dos milhões de palestinos, também os cidadãos brasileiros que vivam no enclave se dirigiram a Rafah para cruzar a fronteiro com o Egito e voltarem para casa.

Mais cedo Israel matou 8 palestinos em Rafah após bombardear alvos na cidade. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde de Gaza. O plano de Netanyahu é ocupar a cidade, assim como já está fazendo na Cidade de Gaza, onde empreiteiras israelenses já vendem projetos de belos imóveis de alto padrão à beira-mar.

Mas a barbárie não para por aí. O Egito não autoriza a entrada de palestinos no seu território. Ou seja, a não ser que os israelenses os convençam do contrário ou mobilizem recursos excepcionais para transportar 1,5 milhões de pessoas até a Jordânia ou outra localização, aparentemente temos mais uma matança anunciada.

O anúncio de Netanyahu a respeito da sua pretensa “solução final” contra os palestinos em Gaza foi duramente criticado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que aponta justamente a preocupação com o fato de a população não ter para onde ir. A ONU utilizou a expressão “graves consequências humanitárias” para descrever a situação que se desenha.