Depois de legalizar o salário em bananas e bitcoin, anunciar cortes drásticos nos serviços públicos e estourar a inflação, o governo Javier Milei decidiu cortar o tratamento médico para crianças, mulheres grávidas e outros pacientes com doenças crônicas e câncer.
O corte do atendimento da Direção de Assistência Direta para Situações Especiais (Dadse) foi denunciado nesta terça-feira (6) e a pasta de Ministério de Capital Humano do governo argentino confirmou a suspensão.
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O Dadse é o órgão responsável pelos subsídios para aquisição de medicamentos e insumos médicos para pessoas sem plano de saúde em situação de vulnerabilidade social.
De acordo com reportagem do Página 12, adultos, adolescentes, gestantes e crianças com câncer, doenças crônicas e agudas urgentes que dependem do órgão foram relegados. A interrupção em diversos destes tratamentos podem causar a morte de tais pessoas.
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A política foi instituída ainda em 2016 durante a gestão Macri com base em uma lei criada no período Kirchner, e fazia parte da assistência social argentina.
A pasta afirma que a suspensão dos serviços do Dadse é para uma reformulação no sistema. Contudo, a política persiste e já está em prática.
Após manifestações governo reabriu os escritórios da pasta, mas ainda não restabeleceu a distribuição de medicamentos e o atendimento à população.
"O governo deve abrir urgentemente a Dadse e fornecer os fundos necessários para atender à demanda de todos os pacientes. Suas vidas estão em jogo", afirma o Partido Obrero, membro da Frente de Esquerda da Argentina.
Sandra Pettovello, chefe da pasta de capital humano também cortou a entrega de alimentos a restaurantes populares, o que pode aumentar a fome entre os mais pobres da Argentina.