O presidente da Argentina Javier Milei chegou à Israel nesta terça-feira (6), fazendo sua primeira visita ao país depois de sua conversão ao judaísmo.
O ultraliberal chegou no aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, capital israelense, e afirmou logo no encontro com o ministro de Relações Exteriores de Israel, que iria transferir a embaixada argentina para Jerusalém.
Te podría interesar
"Obviamente, meu plano é transferir a embaixada [da Argentina] para Jerusalém Ocidental", disse Milei a Israel Katz, chanceler israelense.
Apenas cinco países no mundo possuem embaixada em Jerusalém: Guatemala, Honduras, Kosovo, Papua Nova Guiné e EUA. Todos eles fizeram algum tipo de acordo com Washington para a mudança.
Te podría interesar
A transição diplomática de Tel Aviv para Jerusalém seria uma forma de fazer com que o país reconhecesse o direito de Israel sob Jerusalém, o que vai contra as decisões da ONU de 1948 que colocavam Jerusalém como uma cidade sem estado, dividida entre muçulmanos, judeus e cristãos.
Sem negociação e sem acordos, Milei entregou essa cara decisão para os israelenses em meio ao crescente genocídio de Tel Aviv contra os palestinos em Gaza.
Nem Bolsonaro, um entreguista que andava lado a lado de Netanyahu, conseguiu fazer a mudança. Pressionado pelos países árabes, que são importadores importantes para o Brasil, Bolsonaro manteve a embaixada em Tel Aviv.
Milei também negocia as Malvinas com a Inglaterra, além de já ter ordenada a privatização de todas as estatais. Já disse que quer entregar o lítio nas mãos de Elon Musk. Só não entrega o cargo porque faz pouco tempo que foi eleito: o presidente já é rejeitado por 56% da população argentina e o número tem crescido nos últimos meses.