Segundo uma estimativa da Organização para o Comércio e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne as principais economias mundiais, a Argentina terá a maior inflação do planeta em 2024.
A estimativa do órgão é que as medidas de Javier Milei não surtam efeito no curto prazo e que o país amargue um 2024 pior do que 2023.
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No ano passado, a inflação teve um pico no primeiro mês de posse do ultradireitista e acabou se tornando a mais alta da América Latina.
A expectativa é que o índice supere os 250%, confirmando a alta da inflação e a manutenção da Argentina no topo do nível inflacionário do mundo.
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"A inflação mensal disparou para 25,5% em dezembro de 2023 e espera-se que se mantenha em níveis semelhantes em janeiro. Isso explica a forte revisão para cima", explicou Jens Arnold, chefe do departamento de Economia da OCDE.
Milei prometeu uma inflação em queda e um crescimento estacionário, no cenário de chamada "estagflação". A realidade prevista pelo órgão, é, na verdade, a reversa: a inflação aumentará drasticamente e o PIB do país deve decrescer em pelo menos 2,3% em 2024.
É inflação com redução do PIB, o que se chama comumente de depressão econômica, crise, tormenta, etc. Em entrevistas, Milei disse que a inflação já está caidno, mas a realidade mostra que os argentinos estão caçando comida no lixo após os cortes de subsídios efetuados pelo presidente ultraliberal.
A Lei Ônibus foi aprovada parcialmente na Câmara, mas ainda não foi revisada ponto a ponto e tende a virar pó no Senado, onde o peronismo tem maioria absoluta.
Já o DNU, decretaço que legalizou o escambo na Argentina, já foi parcialmente declarado inconstitucional e deve passar pelo mesmo processo de desidratação.