ARGENTINA

Bolsa, títulos, dólar: economia argentina em choque com mais um fracasso de Milei

Queda de 10% na bolsa por "escandaloso fracasso" do novo governo dificulta jogo para ultraliberal

Presidente argentino está sendo trucidado pelo mercado e pela políticaCréditos: Wikimedia Commons
Escrito en GLOBAL el

A queda da Lei Ônibus de Javier Milei no Senado da Argentina e o pedido de retirada do projeto de pauta pelo próprio governo ultraliberal teve um estrondoso impacto na economia do país.

A Bolsa de Buenos Aires (BYMA) registrou uma queda de 4,5% até o momento desta publicação. O índice caiu 4% na segunda, mais 3% na terça e agora afunda com mais 4% negativos, totalizando uma queda acumulada de 10% em simples três dias de crise política do grande projeto ultraliberal argentino.

Os títulos do governo também estão sofrendo quedas substantivas, acompanhando o movimento desta terça-feira (6), indicando que investidores estão retirando seus aportes do governo argentina, sinal de aumento do risco de calote.

As diferentes cotações de dólar (blue, comercial e turismo) começaram a subir drasticamente nesta quarta-feira, o que indica mais desvalorização e inflação para os argentinos.

O retumbante fracasso da Lei Ônibus foi um baque para o governo ilei, que entregou ao Congresso Argentino um texto arbitrário e extremo, que não pode ser negociado com os peronistas.

Porém, seriam os peronistas que definiriam o futuro da lei no Senado Federal e Milei não fez concessões à esquerda argentina. O projeto foi derrotado.

Além disso, a lei antipiquetes de Patrícia Bullrich foi declarada inconstitucional pelos tribunais, que também impediram parte do Decreto Nacional de Urgência, próxima lei a ser derrubada pelos parlamentares.

Os péssimos sinais políticos e econômicos da primeira crise de Milei se aprofundam com a queda drástica na popularidade do presidente, que é rejeitado por 55% da população do país.