A queda da Lei Ônibus de Javier Milei no Senado da Argentina e o pedido de retirada do projeto de pauta pelo próprio governo ultraliberal teve um estrondoso impacto na economia do país.
A Bolsa de Buenos Aires (BYMA) registrou uma queda de 4,5% até o momento desta publicação. O índice caiu 4% na segunda, mais 3% na terça e agora afunda com mais 4% negativos, totalizando uma queda acumulada de 10% em simples três dias de crise política do grande projeto ultraliberal argentino.
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Os títulos do governo também estão sofrendo quedas substantivas, acompanhando o movimento desta terça-feira (6), indicando que investidores estão retirando seus aportes do governo argentina, sinal de aumento do risco de calote.
As diferentes cotações de dólar (blue, comercial e turismo) começaram a subir drasticamente nesta quarta-feira, o que indica mais desvalorização e inflação para os argentinos.
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O retumbante fracasso da Lei Ônibus foi um baque para o governo ilei, que entregou ao Congresso Argentino um texto arbitrário e extremo, que não pode ser negociado com os peronistas.
Porém, seriam os peronistas que definiriam o futuro da lei no Senado Federal e Milei não fez concessões à esquerda argentina. O projeto foi derrotado.
Além disso, a lei antipiquetes de Patrícia Bullrich foi declarada inconstitucional pelos tribunais, que também impediram parte do Decreto Nacional de Urgência, próxima lei a ser derrubada pelos parlamentares.
Os péssimos sinais políticos e econômicos da primeira crise de Milei se aprofundam com a queda drástica na popularidade do presidente, que é rejeitado por 55% da população do país.