Em um feito notável para a exploração espacial, o astronauta russo Oleg Kononenko conquistou um recorde mundial no último domingo ao superar seu compatriota Gennady Padalka, alcançando a marca de maior tempo no espaço registrado por um ser humano. A Corporação Espacial Russa, Roscosmos, anunciou que Kononenko quebrou o recorde às 5h30, horário de Brasília.
Gennady Padalka detinha o recorde anterior, acumulando mais de 878 dias em órbita. Kononenko, atualmente orbitando a cerca de 423 km da Terra na Estação Espacial Internacional (ISS), espera atingir a marca de 1.000 dias no espaço em 5 de junho. Seu tempo total no espaço está programado para atingir impressionantes 1.110 dias até o final de setembro.
Te podría interesar
Em uma entrevista à agência de notícias russa TASS, Kononenko compartilhou seus sentimentos sobre a conquista: "Eu voo para o espaço para fazer o que mais gosto, não para bater recordes". O astronauta de 59 anos expressou orgulho em suas realizações e destacou a satisfação de manter o recorde da duração total da permanência humana no espaço em mãos de um astronauta russo.
Kononenko, que alimentou o sonho de ir ao espaço desde a infância, trilhou seu caminho através de um instituto de engenharia antes de passar pelo rigoroso treinamento de astronauta. Seu primeiro voo espacial ocorreu em 2008, e sua missão atual à ISS foi lançada no ano passado por meio de uma Soyuz MS-24. A ISS, um dos poucos projetos internacionais de colaboração entre os Estados Unidos e a Rússia, continua a representar uma ponte entre as duas nações, apesar das tensões em outras áreas.
Te podría interesar
É digno de nota que em dezembro passado, a Roscosmos anunciou a prorrogação do programa de voo cruzado com a NASA para a ISS até 2025, destacando a importância contínua da cooperação espacial internacional. As relações entre os dois países têm enfrentado desafios em outras áreas desde a invasão da Ucrânia pela Rússia há quase dois anos, com Washington respondendo enviando armas para Kiev e impondo sucessivas rondas de sanções a Moscou. Contudo, a exploração espacial permanece como uma esfera onde a colaboração transcende as fronteiras terrestres.