EUA

IMAGENS FORTES: Militar dos EUA ateia fogo em si mesmo na Embaixada de Israel em Washington

Aaron Bushnell, oficial da ativa da Força Aérea dos EUA, gritou antes de morrer: "Não mais serei cúmplice de genocídio"

A auto-imolação de Aaron Bushnell foi um ato de martírio contra o genocídio na PalestinaCréditos: Reprodução/Twitter
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Foi identificado o manifestante que se auto-imolou neste domingo (25) em frente à Embaixada de Israel em Washington, nos EUA.

Aaron Bushnell era membro da ativa da Força Aérea dos EUA e decidiu atear fogo em si mesmo contra o apoio dos EUA ao genocídio israelense cometido na Palestina.

Ele foi atendido por paramédicos, mas faleceu após a auto-imolação, que foi transmitida diretamente nas redes sociais através da Twitch.

Bushnell publicou um manifesto em seu Facebook antes de morrer e fez um discurso durante a transmissão de sua live.

"Muitos de nós gostam de se perguntar: 'O que eu faria se estivesse vivo durante a escravidão? Ou no Sul da era Jim Crow? Ou no apartheid? O que eu faria se meu país estivesse cometendo genocídio?' A resposta é: você está fazendo isso. Agora mesmo", disse o mártir.

"Sou membro em serviço ativo da Força Aérea dos Estados Unidos. E não mais serei cúmplice de genocídio. Estou prestes a me engajar em um ato extremo de protesto. Mas comparado ao que as pessoas têm vivenciado na Palestina pelas mãos de seus colonizadores, isso não é extremo de forma alguma. Isso é o que nossa classe dominante decidiu que será normal", completou.

Enquanto estava se auto-imolando, um oficial ainda apontou uma arma contra Bushnell. As imagens fortes foram publicadas por uma jornalista que teve acesso à transmissão de Aaron na Twitch.

Nota da FEPAL sobre a auto-imolação de Aaron Bushnell

A Federação Árabe-Palestina do Brasil (Fepal) emitiu uma nota falando sobre o martírio do militar estadunidense em favor da causa palestina.

"Aaron Bushnell, o militar estadunidense que ateou fogo a si mesmo em frente à embaixada de Israel em Washington, gritando Palestina Livre e afirmando que não seria cúmplice do genocídio palestino, deu a vida para parar o genocídio palestino", diz a nota.

"Ao optar pelo martírio, Bushnell pode estar nos dizendo que é mais digno morrer com as vítimas do genocídio do que viver entre os genocidas", completa.

Segundo informações da Al Jazeera, há pelo menos 29.606 pessoas mortas, incluindo mais de 12.300 crianças e    8.400 mulheres. São mais de 69.737 feridos e pelo menos 7 mil desaparecidos em Gaza.