Todos sabem que um dos motivos por trás da operação militar de Israel em Gaza é a permanência de Benjamin Netanyahu no cargo de primeiro-ministro de Israel.
Para não perder o foro privilegiado e ser julgado nas acusações de corrupção, Bibi iniciou uma guerra sem objetivo claro e deve mantê-la pelo máximo de tempo possível.
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A vitória completa ou vitória final presente em seus discursos não parece ser uma alternativa viável e, a cada dia mais, ela parece mais distante.
A pressão por mundial por um cessar-fogo aumenta e uma limpeza étnica dos palestinos fica cada vez mais distante, com a pressão por um estado palestino crescendo ao redor do mundo. Mais de 30 mil vidas ceifadas por Israel, mais de 12 mil crianças mortas. Para quê? Ainda não se sabe.
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Porém, o maior alvo de bombas do IDF nas últimas 24 horas não foi a Faixa de Gaza: foi o sul do Líbano.
O local de operação do Hezbollah recebeu bombardeios massivos nos últimos dias. E o partido xiita libanês respondeu de maneira ímpar, com fortes bombardeios a bases aéreas israelenses e até com o hackeamento de um drone militar.
O Hezbollah mantém uma política de retaliação e de ataques diminutos, mesmo pressionado a agir contra os sionismo por suas alas mais radicais.
Uma guerra sem tamanho
Um report da inteligência israelense afirma que uma eventual guerra com o Hezbollah seria a mais mortífera da história em comparação com a Nakba (1948), Guerra dos Seis Dias (1967) e Guerra do Yom Kippur (1973).
Analistas afirmam que uma guerra total entre Israel e Hezbollah poderia desembocar em um evento de destruição assegurada mútua. Ambos os beligerantes sairiam completamente destruídos de tamanha carnificina.
Segundo Nasrallah, líder do Hezbollah, há mais de 100 mil soldados treinados pelo partido, com mais de 30 mil reservistas. O grupo tem mais de 150 mil foguetes militares, além do financiamento iraniano.
Em 7 de outubro, o 'Domo de Ferro' israelense - tecnologia que destrói mísseis em trajetória de declínio sob território do país - foi furado pela barreira de 2,2 mil foguetes do Hamas.
O Hezbollah é muito mais poderoso que os palestinos de Gaza e seria capaz fazer com que mísseis chovessem no norte de Israel por dias intermináveis.
Tem tanques de guerra, tropas em terra e experiência em guerras de verdade, cumprindo um papel essencial na retomada do poder na Síria por Bashar al-Assad.
O Hezbollah é tão ou mais equipado quanto os houthis do Iêmen, e já é possível ver o tamanho do estrago causado pelo Ansarallah no Mar Vermelho.
Netanyahu se encontra em um dilema. Continuar em Gaza será impossível com um cessar-fogo no Conselho de Segurança da ONU. Parar a guerra significa sua morte política e o fim para sua coalizão fascista. Partir para cima do Hezbollah significa colocar Israel sob risco existencial verdadeiro.