A cada dia que se passa, com as investigações da Polícia Federal, fica cada vez mais evidente que a quadrilha que ocupava o Palácio do Planalto até 31 de dezembro de 2022 tinha como objetivo completo a realização de um golpe de estado contra as eleições presidenciais.
E, como sabemos de 1945 e 1964, os EUA não só costumam apoiar, como já proveram ajuda militar armada para a aniquilação da democracia brasileira. O progressismo, acostumado a relembrar a tragédia da Operação Condor em toda a América Latina, torce o nariz quando lê esta manchete.
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Mas a realidade é bem compilada em um artigo de Oliver Stuenkel na revista Foreign Policy. A ação de Biden não foi somente política, visando reduzir os efeitos de uma turba golpista, ou afirmando que não aceitaria um golpe.
O secretário de Defesa Lloyd Austin, chefe do Pentágono, e outros entes da cooperação de defesa entre Brasil e EUA trabalharam para avisar aos militares que não aceitariam um golpe no Brasil.
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Como se sabe, existe um setor americanófilo tremendo nas Forças Armadas e a cooperação militar com os EUA ficaria ameaçada em caso de golpe, deixaram claro os americanos.
Isso era apenas um sinal de que não haveria estabilidade institucional e validação internacional de Washington para a empreitada golpista de Bolsonaro.
E mesmo mexendo os pauzinhos e se esforçando para tentar realizar o golpe, eles não tiveram coragem de entrar na turba golpista apenas pelo medo de perder o apoio dos EUA.
Segundo o artigo, as ações dos EUA via Pentágono, CIA e outros entes institucionais dos EUA foram feitas desde 2021, incluindo a de traslado de chips para as urnas eletrônicas brasileiras.
O governo de Washington atuou diretamente para conseguir garantir ao Brasil a implantação das urnas eletrônicas e realização segura das eleições de 2024.
Nada disso é especulação ou garantia de que os EUA subitamente se tornaram democratas. Mas os americanos enxergavam que uma operação bem sucedida de Bolsonaro em uma intentona golpista poderia dar ânimo aos inimigos de Biden nos EUA, que também tentaram seu golpe em 6 de janeiro de 2021.