O presidente da Argentina, Javier Milei, decidiu fechar o Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (Inadi), nesta quinta-feira (22). A informação foi divulgada pelo porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, em coletiva de imprensa.
De acordo com o porta-voz, a medida foi tomada com a intenção de “avançar com o desmantelamento de institutos que não servem absolutamente para nada, como o Inadi". A ação faz parte das “ideais do presidente Milei de redução do Estado”, afirmou.
Te podría interesar
Adoni também questionou a competência das pessoas que trabalham em institutos governamentais, que para ele são "caixas políticas ou lugares para gerar empregos militantes" e “costumam ser liderados por funcionários de competência duvidosa”.
O Inadi, criado em 1995 pela Lei de Atos Discriminatórios (24.515), recebe 2,5 mil denúncias de discriminação por ano, segundo seu último relatório. A maioria vem da área trabalhista ou educacional e se dá por deficiência física, orientação sexual ou por gênero.
Te podría interesar
Mais de 30 mil funcionários demitidos
Desde que assumiu o governo da Argentina, em 10 de dezembro, Milei já demitiu mais de 30 mil funcionários públicos e não renovou outros 10.000 contratos. O presidente ultraliberal também paralisou obras públicas com o objetivo de diminuir gastos públicos.
Maior patamar de pobreza em 20 anos
As medidas de Milei também resultaram no maior patamar de pobreza em 20 anos, de acordo com um relatório da Universidade Católica da Argentina (UCA), divulgado no último domingo (28). São cerca de 57,4% da população vivendo nessa situação.
Para o documento, a desvalorização do peso levada a cabo pelo presidente Javier Milei logo após a sua posse e os aumentos de preços por ela causados agravaram o nível de pobreza.