GENOCÍCIO SIONISTA

Lula sobre genocídio em Gaza: progressistas aplaudem e sionistas dão chilique

Presidente brasileiro declarou o que todo defensor dos direitos humanos sabe: matança como a que Israel promove contra o povo palestino só no holocausto judeu durante o Nazismo

Créditos: Ricardo Stuckert - Presidente Lula em coletiva de imprensa em Adis Abeba, Etiópia, neste domingo (18)
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Em mais uma dura declaração contra o massacre promovido pelo governo sionista de Israel na Faixa de Gaza, Lula afirmou, ao deixar a Etiópia na manhã deste domingo (18), que o genocídio na região palestina só encontra um precedente na História do mundo: "quando Hitler resolveu matar judeus".

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A fala do presidente brasileiro que invocou Adolf Hitler ocorreu enquanto condenava a campanha militar de Israel na Faixa de Gaza, tornando-o um dos primeiros líderes ocidentais a fazer uma comparação tão direta em meio a alegações de genocídio.

Falando a repórteres um dia depois de se encontrar com o primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, à margem da cúpula da União Africana em Adis Abeba.

Nesta declaração Lula também anunciou que o Brasil vai voltar a defender na Organização das Nações Unidas (ONU) o direito de existência de um estado Palestino na região, algo que é desrespeitado por Israel desde 1948. O país também aumentará as doações para a Palestina.

Reações de sionistas

A fala de Lula ecoou por todo o planeta, inclusive recebeu uma reação exasperada do primeiro-ministro de extrema direita de Israel, Benjamin Netanyahu, que avisou que convocará o embaixador brasileiro, Frederico Meyer, após dura declaração de Lula que ele avalia ter ultrapassado a "linha vermelha".

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, também se pronunciou pelas redes sociais. No seu perfil no X (antigo Twitter) ele escreveu: "Acusar Israel de perpetrar um Holocausto é ultrajante e abominável".

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Entidades sionistas que operam no Brasil também se manifestaram contra a fala de Lula. A Confederação Israelita do Brasil (CONIB) divulgou nota oficial em seu site na qual repudia a declaração do presidente e a classificou como "desequilibrada".

"Os nazistas exterminaram seis milhões de judeus indefesos na Europa somente por serem judeus. Já Israel está se defendendo de um grupo terrorista que invadiu o país", escreve a entidade.

O texto diz ainda que o ataque de 7 de outubro do Hamas contra Israel "matou mais de mil pessoas, promoveu estupros em massa, queimou pessoas vivas e defende em sua Carta de Fundação a eliminação do Estado Judeu. Esse cemitério perversa da realidade ofende a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes".

O Ministério da Saúde de Gaza anunciou neste domingo que 28.985 pessoas morreram na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamista palestino.Nas últimas 24 horas foram registradas 127 mortes e, desde 7 de outubro, 68.883 pessoas ficaram feridas.

Outra organização sionista que ficou insatisfeita com a fala de Lula foi a Judeus pela Democracia. Por meio de seu perfil no X (antigo Twiiter), a entidade chama a declaração de Lula de "vergonhosa".

"Dessa forma, Lula escancara portas ao antissemitismo. Vergonhoso", escreve a entidade.

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Campo progressista em defesa de Lula

Políticos e lideranças do campo progressista saiu em defesa da fala de Lula. A deputada federal Samia Bomfim (PSOL-SP) disse que a declaração do presidente foi "corajosa e necessária".

"Netanyahu, primeiro ministro israelense de extrema direita e agente do apartheid, agora tenta chantagear e ameaçar o governo brasileiro, porque sabe que a posição do Brasil tem peso e repercussão internacional", postou Samia.

A parlamentar comentou ainda que são milhares de mortes, com maioria de mulheres e crianças palestinas, com flagrantes crimes de guerra, incluindo bombardeio a hospitais.

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O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) também expressou apoio a Lula pelas redes sociais.

"O mundo precisa ouvir, ver e agir contra o que ocorre em Gaza", declarou.

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A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) destacou que de um lado, Israel é acusada em cortes internacionais de diversos crimes de guerra, contra a Humanidade e genocídio. Já  Lula "fala como liderança do Sul Global para defender o cessar-fogo em Gaza, o Estado Palestino e o direito à existência de seu povo."

"Sua voz tem peso e pode contribuir para denunciar o massacre que já vitimou cerca de 30 mil palestinos, a maior parte deles mulheres e crianças", escreveu a deputada.

Feghali observa que "a comparação histórica feita às decisões do governo Netanyahu é forte, mas necessária para abrir os olhos de quem ainda ignora a extensão desta tragédia humanitária - em especial os governos do chamado 'mundo desenvolvido', que continuam a virar as costas para os apelos por socorro do povo palestino", afirmou.

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A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) comentou que o presidente Lula falou com todas letras o que Israel faz na Palestina é um genocídio. E precisa ser parado.

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O jornalista Breno Altman, fundador do site Opera Mundi, ressaltou que "são inimigas do Brasil e do nosso povo as agências e lideranças sionistas, de residência ou nacionalidade brasileira, que se colocam ao lago do genocida Netanyahu e contra o presidente Lula".

"Merecem repulsa todas as vozes cúmplices da carnificina contra o povo palestino."

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O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Terra (MST), João Pedro Stedile, celebrou a coragem de Lula ao comparar o que os sionistas estão fazendo agora em Gaza com o nazismo. 

"Um genocídio injustificável desse governo direitista de Israel e que envergonha o povo judeu no mundo", afirmou.

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O youtuber e professor de História Jones Manoel também aprovou a fala de Lula e comenta que o presidente acertou em cheio na declaração.

"O que Israel faz contra o povo palestino é genocídio. Não existe um nome diferente. As reações vão ser furiosas. E nesse caso, a posição de Lula precisa ser apoiada", postou.

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