INFERNO

Israel toca terror em hospital, prende cego e põe mulher em fuga logo depois do parto

Busca por reféns é a justificativa de Israel

Inferno.Tanque derruba muro de hospital, pacientes em desespero nos corredores e mulher que tentava fugir de Rafah atingida por um drone.Créditos: Reprodução X
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"Com o pretexto de eliminar o Hamas, Israel está matando mulheres e crianças", disse o presidente Lula depois do encontro com o presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, no Cairo, na tarde deste dia 15.

"A matança tem de parar", afirmou o mandatário brasileiro, enquanto cenas terríveis começavam a circular nas redes sociais.

Alegando que estava em busca de reféns mantidos pelo Hamas, Israel invadiu nas últimas horas o Hospital Nasser, em Rafah, o último de grande porte que ainda operava na região.

Imagens espalhadas pelas redes sociais mostram um tanque derrubando um muro.

Nos corredores, depois do bombardeio, funcionários retiram um homem ferido do setor de ortopedia, em meio à poeira da destruição.

Uma mulher que recém teve bebê se prepara para fugir com o recém-nascido.

Ouvida pela rede Jazeera, uma testemunha contou:

Saí com meu marido, que é cego. Eu estava fazendo diálise renal. Destruíram as paredes que nos rodeavam, bem como a sala do médico. Ordenaram-nos que saíssemos e dispararam contra nós, dispararam bombas e foguetes sobre nossas cabeças. Eles demoliram o prédio. Saí pela porta e passei pelo meio do esgoto, junto com meu marido. Os israelenses levaram meu marido e eu perdi minhas duas malas

VÍDEO: Mãe que teve de fugir meia hora depois do parto: 

VÍDEO: Ataque de drone em refugiados:

VÍDEO: Pânico dentro do hospital:

VÍDEO: Tanque derruba muro e dispara:

APELOS DE TODO O PLANETA

Agora os apelos chegam de todo o planeta, inclusive dos Estados Unidos.

Países que deram total apoio a Israel recuaram ao menos em público.

É medo da opinião pública: no Reino Unido, numa pesquisa divulgada hoje, 66% defenderam imediato cessar-fogo em Gaza.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, porém, continua dizendo que a ofensiva terrestre em Rafah para eliminar o Hamas é prioridade.

O ataque vem sendo precedido por bombardeios e disparos de artilharia.

Canadá, Austrália e Nova Zelândia se juntaram a outros paises para alertar Israel sobre o risco de grande matança, uma vez que mais de um milhão de palestinos buscaram refúgio em Rafah, na fronteira com o Egito, supostamente uma área segura.

Milhares estão vivendo em cidades de tendas, com acesso limitado a água e comida.

Nas últimas horas, segundo a Jazeera, muitos estão marchando a pé para escapar de Rafah.

Ainda assim, no caminho, são aterrorizados por ataques de drones de Israel.

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