A lenta ampliação do conflito entre o Hezbollah e Israel na fronteira israelense com o Líbano ganhou novo impulso depois que o grupo militante xiita, apoiado pelo Irã, disparou contra uma base militar em Safed, a 13 quilômetros da fronteira.
A sargento Omer Benjo, de 20 anos, foi morta e outras oito pessoas ficaram feridas.
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Imediatamente, aviões das Forças de Defesa de Israel fizeram um de seus maiores ataques até agora à região do Sul do Líbano ocupada pelo Hezbollah.
Autoridades libanesas informaram a morte de mãe e dois filhos em um dos ataques.
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Safed é sede do comando militar do Norte de Israel.
RETORNO DE REFUGIADOS
Desde o ataque do Hamas em 7 de Outubro e os bombardeios de Israel a Gaza, as escaramuças entre o Hezabollah e Israel vem escalando na fronteira Norte.
O governo de Benjamin Netnahyahu tem como um de seus objetivos levar de volta milhares de moradores israelenses de comunidades próximas da fronteira com o Líbano que tiveram de ser retirados e hoje vivem em hotéis.
Por outro lado, os bombardeios cada vez mais extensivos de Israel em território libanês já provocaram uma onde local de refugiados civis, que deixam tudo para trás com medo de morrer.
O sul do Líbano é conhecido pelas extensas plantações de oliveiras, responsáveis pela produção de dois terços do azeite do país.
Com medo dos bombardeios, alguns agricultores fizeram a colheita durante a noite.
DIPLOMACIA FRACASSADA
A França vem liderando uma rodada de negociações com o objetivo de evitar uma nova invasão terrestre do Líbano por Israel.
Ela envolveria o recuo das tropas do Hezbollah a no mínimo dez quilômetros da fronteira, a colocação de soldados libaneses entre as partes e recompensas econômicas ao governo do Líbano.
Embora faça parte do governo libanês, o Hezbollah tem autonomia em regiões-chave do país, inclusive em Beirute.
Porém, sofre pressão de seus parceiros de governo para não provocar uma nova guerra total.
Até agora as negociações não deram resultado.
Diante da ameaça de Israel de invadir por terra a cidade de Rafah, no sul de Gaza, o Hezbollah afirmou que só cessará seus ataques quando Israel se retirar do território palestino.
Um fato notável dos ataques das últimas horas é o fracasso do sistema de defesa Cúpula de Ferro de destruir todos os mísseis lançados pelo Hezbollah.
Quanto ao fogo na fronteira, é literal. No início da atual crise, Israel tocou fogo na vegetação de uma vasta região fronteiriça, para facilitar o monitoramento da infiltração de militantes do Hezbollah.