Nesta quarta-feira (4), Abbas Araghchi, ministro das Relações Exteriores do Irã, afirmou que "podemos enviar tropas para a Síria se Damasco solicitar". A declaração foi divulgada pelo Tehran Times, veículo estatal iraniano em inglês.
A posição iraniana surge em meio à intensificação dos ataques da Frente Al-Nusra, também conhecida como Hay'at Tahrir Al-Sham (HTS), contra as cidades sírias de Aleppo e Hama. Esse cenário reacendeu o apoio do chamado "eixo de sustentação" internacional ao regime de Bashar al-Assad, que inclui militarmente Rússia, Irã e Hezbollah.
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Possível intervenção militar
Caso o regime sírio sofra perdas significativas de território e poder, o Irã poderá mobilizar seu exército, considerado uma das forças mais poderosas e experientes do Oriente Médio, para mudar o rumo do conflito. As forças iranianas acumulam experiência em guerras como a do Irã-Iraque e dispõem de equipamentos militares modernos.
Atualmente, a Síria conta com a presença de tropas russas, além de tecnologia e inteligência de Moscou, elementos fundamentais para a defesa das principais cidades controladas pelo regime Assad.
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No entanto, uma eventual entrada das forças iranianas no conflito aprofundaria ainda mais a cooperação militar entre Teerã e Moscou, que já colaboram estreitamente no fornecimento de drones iranianos para o conflito na Ucrânia.
Avanço do HTS
Na tarde desta quinta-feira (5), os terroristas do HTS tomaram Hama, uma das principais cidades sírias, e avançaram em direção a Damasco. Além disso, o grupo consolidou controle sobre Salamiya, na região rural do país, ampliando a ameaça ao regime Assad.