Mísseis disparados nesta segunda-feira (1°) pelas IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês) contra a embaixada do Irã em Damasco, na Síria, mataram três generais iranianos altamente graduados da Guarda Revolucionária, todos lotados na chamada Força Quds, a unidade de elite e de operações especiais daquela força militar. O brigadeiro-general Mohammed Reza Zahedi era o comandante da unidade para as ações na Síria e no Líbano, um militar da cúpula da nação persa, nomeado pelas mais elevadas instâncias do regime dos aiatolás. Zahedi consta na página oficial do Aiatolé Ali Khamenei como o líder das forças terrestres da Guarda Revolucionária.
Morreram ainda na ação o general Hossein Aminullah, chefe do Estado Maior da Quds na Síria e no Líbano, e o major-general Haj Rahimi, comandante do grupo para os assuntos na Palestina. Além dos três, outras cinco pessoas perderam a vida no bombardeio à representação diplomática instalada em território sírio, que pelas imagens da imprensa local aparece totalmente em ruínas após as explosões que tiveram origem em disparos realizados por caças supersônicos israelenses F-35, que teriam usado seis mísseis.
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A TV estatal do Irã reportou que a ação de Israel, que viola gravemente as leis internacionais ao botar abaixo uma embaixada, um tipo de instalação que é protegida pela Convenção de Viena de 1961, tem o poder de “escalar o conflito no Oriente Médio”. A mídia iraniana confirmou a morte dos militares, dando destaque para Zahedi, a quem chamou de mártir.
“O general Mohamad Reza Zahedi, um dos altos comandantes da Força Quds, foi martirizado em um ataque de combatentes do regime sionista contra o prédio da embaixada da República Islâmica do Irã em Damasco”, disse a emissora.
Mesmo com a demolição quase total do prédio, Hossein Akbari, o embaixador do Irã na Síria, que saiu sem qualquer ferimento do ataque, falou às agências internacionais após o fato e garantiu aos jornalistas que seu país “responderá de forma muito severa” à agressão dos israelenses.