O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou uma mensagem de Natal em sua plataforma Truth Social na qual provocou o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e a China, além de citar mais uma vez a Groenlândia e o Canal do Panamá, com uma retórica expansionista.
"Feliz Natal a todos, incluindo os maravilhosos soldados da China, que estão amorosamente, mas ilegalmente, operando o Canal do Panamá (onde perdemos 38.000 pessoas em sua construção há 110 anos), sempre garantindo que os Estados Unidos coloquem bilhões de dólares em dinheiro para 'consertos', mas não terão absolutamente nada a dizer sobre 'nada'", começou, em sua postagem, Trump.
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No sábado (22), o republicano ameaçou reafirmar o controle dos EUA sobre o Canal do Panamá, que administrou por décadas antes de entregá-lo ao país em 1999. “Nós jamais permitiremos que caia em mãos erradas”, escreveu, também em sua rede social, fazendo referência a preocupações com a possível influência chinesa na região.
O canal não é administrado pelo país asiático, uma subsidiária da CK Hutchison Holdings, sediada em Hong Kong, administra dois portos localizados nas entradas do canal no Caribe e no Pacífico.
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Nova provocação ao Canadá
Após falar do Canal do Panamá e da China, Trump seguiu, referindo-se ao primeiro-ministro canadense como "governador".
"Também, ao governador Justin Trudeau do Canadá, cujos impostos de cidadãos são muito altos, mas se o Canadá se tornasse nosso 51º estado, seus impostos seriam cortados em mais de 60%, seus negócios dobrariam de tamanho imediatamente e eles seriam protegidos militarmente como nenhum outro país em qualquer lugar do mundo. Da mesma forma, ao povo da Groenlândia, que é necessária para os Estados Unidos para fins de Segurança Nacional e que quer que os EUA estejam lá, e nós estaremos!…"
Em outra postagem que havia encorajado o ex-astro profissional de hóquei Wayne Gretzky a concorrer ao cargo de primeiro-ministro do Canadá, mas que Gretzky "não tinha interesse".
Na sexta-feira (20), durante o anúncio da nomeação de Ken Howery como novo embaixador dos EUA na Dinamarca, país que administra a Groenlândia, já havia falado sobre sua intenção de comprar o território. O primeiro-ministro groenlandês, Mute Bourup Egede, rejeitou a ideia."A Groenlândia é nossa. Não estamos à venda e nunca estaremos à venda. Não devemos perder nossa longa luta pela liberdade", afirmou Egede à Reuters na segunda-feira (23).
Em suas postagens, ele ainda zombou do presidente estadunidense Joe Biden como "um homem que não tem a mínima ideia do que está fazendo".
"Feliz Natal para os lunáticos da esquerda radical, que estão constantemente tentando obstruir nosso sistema judicial e nossas eleições", escreveu Trump. "Eles sabem que sua única chance de sobrevivência é obter perdões de um homem que não tem a mínima ideia do que está fazendo."