O Comitê de Ética da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos divulgou um relatório abrangente com graves acusações contra o ex-deputado republicano Matt Gaetz, que chegou a ser indicado por Donald Trump para o cargo de procurador geral dos EUA.
O documento aponta evidências substanciais de que Gaetz pagou por serviços sexuais de várias mulheres, incluindo uma menor de idade, além de ter consumido drogas ilícitas durante seu mandato.
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Entre 2017 e 2020, Gaetz teria desembolsado mais de 90 mil dólares para pelo menos 12 mulheres em troca de atividades sexuais.
Um dos episódios mais graves envolve uma jovem identificada como "Vítima A", com quem o ex-parlamentar teria mantido relações sexuais em 2017, quando ela ainda era menor de idade.
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Segundo o relatório, a jovem recebeu 400 dólares em dinheiro naquela ocasião, valor que ela interpretou como pagamento pelo ato. Apesar de Gaetz não ter perguntado sua idade à época, ele manteve contato com a jovem após ela atingir a maioridade.
O relatório também revelou que Gaetz consumiu substâncias como cocaína, ecstasy e maconha durante eventos sociais.
Testemunhas relataram ter visto o ex-deputado usar drogas em festas, e mensagens de texto analisadas indicaram pedidos para adquirir os entorpecentes, descritos como "party favors" ou "vitaminas".
Os registros sugerem que os pagamentos para as substâncias podem ter sido feitos com fundos do gabinete do parlamento.
O comitê concluiu que Gaetz infringiu diversas regras da Câmara, além de leis estaduais que proíbem prostituição, estupro de vulnerável e uso de drogas ilícitas.
A gravidade das acusações levou à publicação do relatório, algo raro em investigações sobre membros que já não estão no Congresso. Gaetz renunciou ao cargo em meio às alegações de crimes sexuais.