O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou em entrevista que, em 2025, começará o processo de "motosserra profunda" na economia do país.
O primeiro ano de governo do extremista de direita foi marcado por cortes sociais e de serviços públicos drásticos, que resultaram em um nível de pobreza de 52,9%, equivalente a 15,7 milhões de pessoas.
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Este é um aumento alarmante em relação aos 41,7% registrados no segundo semestre de 2023, além de uma queda de 3.5% no Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Aproximadamente 5,4 milhões de pessoas estão em situação de extrema pobreza, representando 18,1% da população. Esse número também cresceu em comparação aos 3,5 milhões (11,9%) registrados no final de 2023.
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O plano de Milei é intensificar sua agenda econômica ultraliberal.
"Foi a primeira etapa. Agora temos também o que se chama de motosserra profunda. Fizemos um primeiro grande corte e agora estamos indo para questões mais profundas. Não é apenas uma questão de desregulamentação e de remover esses obstáculos, mas também implica uma nova reforma do Estado para reduzi-lo ainda mais", afirmou Milei.
"Implementamos apenas um quarto das reformas, o que significa que ainda temos 3.200 pendentes. Vamos implementá-las na medida em que o Congresso nos permitir. Vamos avançar com uma agenda de privatizações e, como você disse, com um aprofundamento da reforma trabalhista. À medida que a reforma trabalhista entrar em vigor, poderemos avançar com a reforma da previdência", prometeu o presidente argentino.
Dolarização no horizonte
Durante sua campanha, Milei chegou a propor uma total dolarização da economia argentina para tentar reverter o quadro inflacionário do país.
Contudo, após assumir o controle do governo, a ideia foi suspensa. Mesmo assim, o plano parece ganhar tração para se tornar realidade no futuro próximo.
Junto de Fernando Caputo, ministro da Economia, Milei tem dialogado com bancos e grandes empresários para viabilizar a dolarização nos próximos meses. Desde outubro, o governo vem discutindo com grandes bancos e empresários a possibilidade de dolarizar a economia do país.