JUSTIÇA

Condenado Dominique Pelicot, o monstro que drogava a esposa para outros a estuprarem

Todos os 50 réus acusados de estuprar Gisèle também foram condenados pelo tribunal francês

Dominique Pélicot.Créditos: Redes sociais/Reprodução
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Finalmente foi condenado pela Justiça da França, nesta quinta-feira (19), Dominique Pelicot, o monstro que drogava a própria esposa, Gisèle Pelicot, para que outros homens a estuprassem. Além dele, os outros 50 réus que participaram dos estupros também foram condenados.

Pelicot foi acusado de estupro agravado contra Gisèle e outros crimes relacionados, como ter sedado a esposa, tê-la entregado a dezenas de homens para estupros filmados, e também por ter filmado sua filha, Caroline Daian, e sua enteada nuas.

Por ter sido considerado culpado de todos os crimes pelos quais foi acusado, ele sairá da audiência direto para a prisão. Pelicot pegou a pena máxima de 20 anos. O caso ganhou repercussão mundial após a vítima, Gisèle Pelicot, torna-lo público.

"Senhor Pelicot, em relação ao conjunto dos fatos, o declaramos culpado de estupro com agravantes", afirmou o presidente do tribunal de Avignon, Roger Arata.

Todos os outros 50 réus acusados de estuprar Gisèle também foram considerados culpados pelo tribunal francês. As condenações variaram entre três e 15 anos de prisão, todas elas, em média, abaixo dos pedidos pelo Ministério Público francês. Nenhum deles foi absolvido.

Beatrice Zavarro, advogada de Dominique Pelicot, afirmou que sua cliente considera recorrer da condenação. Tanto ela quanto os réus têm até 10 dias para apresentar recurso à Justiça.

Para a vergonha mudar de lado

Gisèle Pelicot agradeceu na saída do tribunal a quem a apoiou durante o processo. Ela disse que fez isso por seus filhos e netos.

"Penso nas outras famílias, nas vítimas dessas histórias, que geralmente viram nas sombras", disse Gisèle.

Com informações do G1

Ela disse que nunca se arrependeu da decisão de tornar o julgamento público, que fez isso para "fazer a vergonha mudar de lado". "Confio em encontrar um futuro melhor, em que homens e mulheres consigam conviver com respeito mútuo."

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