O governo do Irã, comandado pelo presidente Masoud Pezeshkian, confirmou neste sábado (26) que dois militares morreram durante o bombardeio promovido pelo governo Benjamin Netanyahu, de Israel, na capital Teerã e na cidade de Karaj, região metropolitana, durante a madrugada.
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Em comunicado divulgado pelo ministro de relações exteriores, Abbas Araghchi, o governo iraniano afirmou que planeja retaliação contra os ataques sionistas.
"O Irã tem o direito de se defender contra os atos de agressão do regime sionista", disse o chanceler iraniano.
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Segundo o comunicado, divulgado pela agência estatal Irna, os ataques aéreos israelenses contra centros militares em Teerã, na província ocidental de Ilam e na província sudoeste de Khuzestan foram interceptados e combatidos com sucesso.
"O Irã condena categoricamente a ação agressiva do regime sionista contra vários centros militares no Irã, considerando-a uma clara violação do direito internacional e da Carta da ONU, especialmente o princípio de proibir ameaças ou recorrer à força contra a integridade territorial e a soberania nacional dos países", diz o texto.
Citando o artigo 51 da Carta das Nações Unidas (ONU), o Irã afirma que "tem o direito e o dever de se defender contra a agressão israelense".
"A continuação da ocupação, ações ilegais e atrocidades israelenses na região, especialmente o genocídio dos palestinos e a agressão contra o Líbano, que é apoiada pelos EUA e alguns outros países ocidentais, é a principal causa de tensão e insegurança na região", diz o texto.
Além do Irã, o exército sionista realizou simultaneamente incursões em Damasco, no Líbano, e na faixa de Gaza, onde militares israelenses prenderam todos os profissionais médicos do sexo masculino no Hospital Kamal Adwan, além de vários feridos e doentes dentro do hospital.
Sionistas
As Forças de Defesa de Israel afirmaram à mídia local que os bombardeios "precisos e direcionados" foram encerrados. Segundo comunicado, foram realizadas três ondas de ataques ao território iraniano.
"Nossos aviões retornaram com segurança para casa. O ataque foi realizado em resposta aos ataques do regime iraniano contra o Estado de Israel e seus cidadãos nos últimos meses. A missão de retaliação foi concluída com sucesso", diz o texto.
Em uma tentativa de arrastar o Irã para o conflito - e levar adiante o plano sionista de expandir o território pelo Oriente Médio -, o governo Benjamin Netanyahu afirmou ainda que Israel está sendo atacada pelo Irã desde 7 de outubro de 2023, quando o grupo palestino Hamas realizou uma incursão e matou centenas de pessoas em região ocupada.
"Como qualquer outro país soberano no mundo, o Estado de Israel tem o direito e o dever de responder. Nossas capacidades defensivas e ofensivas estão totalmente mobilizadas", afirmou o governo israelense ao anunciar os ataques ao Irã.