FAIXA DE GAZA

Como foi a ação de Israel que matou Yayha Sinwar, líder do Hamas, em Gaza

A morte da liderança palestina foi confirmada pelas Forças de Defesa de Israel nesta quinta (17)

Yahya Sinwar, líder do Hamas morto hoje por Israel em Gaza.Créditos: YouTube/Reprodução
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O Ministério da Defesa de Israel informou que seu exército matou Yahya Sinwar, líder do Hamas, em um ataque recente na Faixa de Gaza. A identidade de Sinwar foi confirmada por teste DNA e através da arcada dentária, segundo a emissora Al Jazeera.

Segundo autoridades, o líder foi morto durante um confronto com soldados em Tal as-Sultan, próximo a Rafah, no sul do território palestino. O governo israelense também teria comunicado a autoridades dos EUA confirmando a morte de Sinwar.

Apesar do pronunciamento das forças israelenses, o Hamas ainda não se manifestou até o momento, nem para confirmar nem para desmentir a informação sobre a suposta morte do seu comandante.

Yahya Sinwar, que já cumpriu 23 anos de prisão em Israel, ocupou durante seis anos a posição de governante da Faixa de Gaza. Ele foi eleito chefe do Hamas após a morte de Ismail Haniyeh, que foi assassinado por Israel no Irã em julho. Sinwar era o único remanescente do principal escalão à frente do Hamas.

A morte de Sinwar ocorre na mesma semana em que as Forças de Defesa de Israel (IDF) bombardearam o hospital Al-Aqsa, que abriga dezenas de deslocados do enclave, incluindo mulheres e crianças. O número de palestinos mortos em um ano de conflito ultrapassam a marca de 42 mil. 

O que sabemos até agora

Segundo autoridades, o líder do Hamas foi morto durante um confronto com soldados israelenses dentro de uma residência em Rafah, no sul de Gaza. A região foi onde Sinwar nasceu e cresceu.

A notícia foi seguida por uma declaração do ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, que destacou o papel de Sinwar para organização do Hamas. 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, considerou a morte de Sinwar como “o começo do fim”, mas reforçou que a guerra ainda não terminou. Em um pronunciamento, ele pediu à população israelense que mantenha sua resiliência diante dos desafios futuros e afirmou que a ofensiva continuará, mencionando a cidade de Rafah como um dos próximos alvos.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, também se pronunciou, elogiando as forças de segurança israelenses pela operação. Herzog descreveu Sinwar como o "mentor" por trás dos ataques de outubro e destacou seu envolvimento em atos do caracteriza como atos terroristas contra israelenses. 

De acordo com o gabinete do primeiro-ministro israelense, não há indícios de que reféns estivessem presentes no local do ataque em Gaza, onde três combatentes foram mortos. 

Relatos da mídia israelense sugerem que a morte de Sinwar teria ocorrido de maneira inesperada, sem que houvesse um planejamento prévio baseado em inteligência. A Rádio Kan informou que grandes quantidades de dinheiro e documentos falsos foram encontrados no local onde ele estava.

Com informações de The Guardian.