Durante um fórum de discussão promovido pelo PRISA Group em Barcelona, denominado "World in progress", o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, usou seu pronunciamento para pedir uma resposta da Comissão Europeia em relação ao rompimento do Acordo de Associação entre a União Europeia e Israel.
Após cumprimentar os participantes do fórum, Sánchez falou longamente acerca do conflito entre Israel e Palestina, mencionando o marco de um ano dos ataques de Israel a Gaza.
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"Há um ano, essa pequena extensão de terra tem sido golpeada sem piedade por ataques aéreos", disse o presidente. "A pergunta que temos que nos fazer, e creio que este fórum sirva para isso, é: em que momento a comunidade internacional normalizou essa barbárie, a desumanização do debate público?"
Junto a Eslovênia, Irlanda e Noruega, o governo espanhol teria dado um passo à frente no reconhecimento do Estado da Palestina, de acordo com Sánchez, que agora espera a resposta da Comissão Europeia a respeito de uma petição feita pela Espanha em conjunto à Irlanda em fevereiro deste ano — os países pediam que a União Europeia suspendesse seu Acordo de Associação com Israel.
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O Acordo, que entrou em vigor nos anos 2000, regula, entre outras coisas, o desenvolvimento de relações econômicas e a cooperação regional e política em áreas de interesse recíproco entre os países europeus e Israel.
"A Comissão Europeia deve responder de uma vez por todas à petição formal que fizemos para suspender o acordo", disse Sánchez, uma vez que Israel está cometendo crimes contra os Direitos Humanos — o que violaria uma cláusula essencial do Acordo.
De acordo com o artigo 2° do Acordo, "as relações entre as Partes, assim como todas as disposições do presente Acordo, se fundamentam no respeito aos princípios democráticos e aos direitos humanos".
Sánchez disse, ainda, que espera que outros países façam o mesmo e combatam juntos as ambições políticas de Netanyuahu, que "só tem uma pretensão: impor uma nova ordem regional pela força".