JAVIER MILEI

Javier Milei: popularidade desaba com pacote econômico e governo começa a balançar

Ele perdeu um ponto de popularidade por dia desde o começo da presidência; mais de 60% querem a rejeição da "lei ônibus"

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Uma pesquisa do instituto de pesquisa Zuban Cordoba, da Argentina, mostrou que o presidente do país Javier Milei já encerrou a sua lua de mel com seus eleitores. O estudo mostra uma queda abissal da popularidade do novo mandatário do país.

Os seus principais projetos - a DNU, que permite salário em espécie, e a Lei Ônibus, que ordena a privatização de praticamente todas as estatais argentinas - empurraram a popularidade do ultradireitista pelo abismo.

Milei perdeu mais de um ponto de imagem positiva por dia e hoje tem 55% de rejeição entre os argentinos, índice raro um mês de governo. "É a perda de diferencial positivo mais acelerada do que temos registro. Nos atrevemos até a dizer que provavelmente será mais acelerado em toda a história da região", afirmou o instituto de pesquisa.

O coração da rejeição está no Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) de Milei que desregulariza as moedas e permite, entre outras coisas, a firmação de contrato com pagamentos em espécie. Mais de 55% dos argentinos não concordam com as medidas.

Mas a chamada 'Ley Ómnibus', que endurece a repressão a manifestações e intensifica o processo de privatização da economia, é a mais rejeitada entre a população, com mais de 61% dos cidadãos contrários à sua aprovação.

Na visão da maioria dos argentinos, o ajuste fiscal proposto por Milei somente beneficia os mais ricos e quem vai pagar o pato é o mais pobre.

Os esforços de Milei para botar a Argentina no trilho de Videla têm sido fortes, mas não tem encontrado respaldo na população.  resta saber se a classe política vai comprar sua loucura ou vai extirpá-lo em breve.