Na noite de domingo, 10 de setembro, véspera da data que marca os 50 anos do sangrento golpe de Estado que derrubou o presidente do Chile Salvador Allende, desfechado pelo general Augusto Pinochet na manhã de 11 de setembro de 1973, uma multidão tomou a frente do Palácio La Moneda, em Santiago, sede da Presidência, e, com velas nas mãos em meio à escuridão, gritava “nunca mais”.
A cena emocionante, registrada por vários cidadãos, correu o mundo e mostrou a força que os democratas seguem tendo no país sul-americano, em que pese a retomada de “popularidade” da figura assassina do militar falecido em 2006 por alguns setores da sociedade chilena nos últimos anos.
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Uma grande cerimônia foi realizada nesta segunda-feira (11) na capital do Chile para relembrar o violento golpe, que contou com a presença de políticos de todo o mundo, como os presidentes do México, Andrés Manuel López Obrador, da Argentina, Alberto Fernández, do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou e da Colômbia, Gustavo Petro, além do primeiro-ministro português, António Costa e do ex-presidente do governo espanhol Felipe González. O presidente Lula (PT) não pôde comparecer, pois regressava da cúpula do G20 realizada na Índia, mas enviou os ministros Flávio Dino e Silvio Almeida, respectivamente da Justiça e Direitos Humanos, para representar o Brasil nas cerimônias.
Pinochet manteve-se como ditador no Chile por 17 anos, de 1973 a 1990, quando o país retomou seu regime democrático e pôs fim ao governo de exceção que ficou conhecido em todo o planeta por seus crimes bárbaros, como a torturas, prisões, desaparecimentos e assassinatos de opositores.
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Veja a cena: