O astrofísico israelense-americano Abraham “Avi” Loeb tem sido alvo de muita atenção da mídia devido às suas declarações controversas sobre a existência de seres alienígenas e naves espaciais.
Embora suas afirmações tenham gerado muitos críticos na comunidade científica, a história do cientista vai muito além das polêmicas em torno de suas pesquisas recentes e parece estar longe de terminar.
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Se você tem interesse em objetos voadores não identificados (OVNIs), é provável que já tenha ouvido falar de Avi Loeb, frequentemente mencionado como “astrofísico de Harvard”. Sua posição nesta universidade confere uma sensação imediata de credibilidade às suas pesquisas acerca de tecnologias extraterrestres. No entanto, é importante lembrar que ser um “cientista de Harvard” pode não ser sinônimo de credibilidade inquestionável.
Quem é ele?
Com um currículo longo, Avi Loeb é membro de várias organizações renomadas, incluindo a Academia Americana de Artes e Ciências, a Sociedade Americana de Física e a Academia Internacional de Astronáutica. Além disso, em julho de 2018, ele foi nomeado presidente do Conselho de Física e Astronomia das Academias Nacionais dos EUA.
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Foi um cosmólogo renomado durante os anos 2000 e meados dos anos 2010, conhecido por suas importantes contribuições em áreas como buracos negros, matéria escura e as primeiras estrelas. Além disso, Loeb acumulou mais de 800 artigos publicados.
Todavia, um debate sobre objetos interestelares mudou o rumo da carreira de Avi Loeb, talvez para sempre. Após deixar seu cargo em Harvard, ele tirou um ano sabático que descreveu como “o mais produtivo de sua carreira”. Suas declarações e pesquisas causaram grande repercussão tanto na mídia quanto na comunidade científica, impulsionando sua carreira em uma nova direção.
Durante seu ano sabático, Avi Loeb publicou um best-seller de não-ficção intitulado “Extraterrestre: O primeiro sinal de vida inteligente além da Terra”. O livro aborda o primeiro objeto interestelar já observado pela humanidade, o 1I/'Oumuamua, que passou pelo Sistema Solar em 2017.Porém, longe das hipóteses científicas baseadas em evidências cientificamente aceitas, o livro fala da "possibilidade" de o objeto ser uma nave espacial.
Polêmica com o Oumuamua
Astrônomos descobriram o Oumuamua em 2017. Ele é um objeto interestelar com formato alongado, velocidade incomum e órbita altamente hiperbólica, que passeou pelo Sistema Solar.
O astrofísico Avi Loeb sugeriu que o telescópio Green Bank procurasse por sinais de rádio na direção do Oumuamua para observar se poderia ser uma nave alienígena, mas a busca foi sem sucesso.
Em 2018, Loeb publicou dois artigos científicos defendendo a hipótese de que o objeto poderia ser fruto de uma inteligência alienígena, porém a ideia não ganhou muitos adeptos na comunidade científica.
Os artigos de Loeb chamaram a atenção da mídia e ele concedeu várias entrevistas sobre o assunto. Alguns colegas de Avi Loeb consideraram que ele agiu de maneira irresponsável e anticientífica em relação ao público leigo.
As “esferas alienígenas”
Há dois meses atrás, o astrofísico anunciou que sua expedição com o Projeto Galileo havia encontrado um material que poderia ser derivado de uma nave estelar alienígena.
"Nossas descobertas abrem uma nova fronteira na astronomia para estudar o que existe fora do Sistema Solar por meio de microscópios em vez de telescópios", declarou ele. A comunidade científica chama atenção para suas falas e repudiou as declarações mais uma vez, dizendo ser até arrogantes.
Os especialistas entendem que as alegações do cientista são muito precipitadas, sensacionalistas e prejudiciais para a ciência e que seu comportamento prejudica a percepção pública sobre o funcionamento da mesma.
*Com informações de CanalTech