IRONIA

Professora de Harvard que estuda honestidade é denunciada por fraude

Famosa pesquisadora na área de administração ainda não se pronunciou sobre graves acusações

Francesca Gino possuia extensa pesquisa em honestidade e agora é acusada de fraudeCréditos: Divulgação/Francesca Gino
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A professora de ciências comportamentais da Escola de Business de Harvard, Francesca Gino, está sendo acusada de adulterar resultados de pesquisa em uma pesquisa publicada em 2012.

Francesca Gino estuda administração e comportamento. A pesquisa acusada de fraude, no caso, é um estudo sobre honestidade em relatórios para empresas e governos.

11 anos depois, uma pesquisa publicada no Chronicle of Higher Education mostrou que existem fortes evidências de adulteração de dados utilizados no estudo assinado por Gino e Max Bazerman.

"Muitos formulários escritos exigidos por empresas e governos dependem de relatórios honestos. A prova de intenção honesta é normalmente fornecida por meio de assinatura no final de, por exemplo, declarações de impostos ou formulários de apólice de seguro. Ainda assim, as pessoas às vezes trapaceiam para promover seus próprios interesses financeiros . com grandes custos para a sociedade Testamos um método fácil de implementar para desencorajar a desonestidade: assinar no início e não no final de um relatório, invertendo assim a ordem da prática atual", diz Gino.

Bazerman afirmou ao Chronicle que havia recebido um report da Universidade de Harvard informando que havia possibilidade de fraude. Alguns dias depois, um blog independente chamado DataColoda fez uma revisão e afirma que existem três pesquisas de Gino que parecem ter resultados adulterados.

"Se a fraude foi realizada coletando dados reais na Qualtrics e, em seguida, alterando os arquivos de dados baixados, como é provável que seja o caso de três desses artigos, os arquivos originais da Qualtrics forneceriam evidências incontestáveis de fraude", disse um dos pesquisadores do DataColoda ao The Guardian.

Gino ainda não se pronunciou sobre o tema e está de licença na Universidade de Harvard. Max Bazerman afirmou que não sabia da adulteração dos dados e que não era o responsável pelo falseamento das informações.