BRICS

Reunião dos Brics será presencial e com presença de Putin, revela presidente da África do Sul

Cyril Ramaphosa confirma encontro anual dos países emergentes, apesar de mandado de prisão emitido pelo TPI

Créditos: Reprodução/Twitter Kremlin
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Neste domingo (9), o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou que a cúpula anual dos Brics será realizada de forma presencial em Joanesburgo, de 22 a 24 de agosto. Surpreendentemente, essa decisão foi tomada mesmo diante do mandado de prisão emitido contra o presidente russo, Vladimir Putin, pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), acusando-o de crimes de guerra em áreas ocupadas na Ucrânia.

O grupo conhecido como Brics, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, é um agrupamento econômico que teve sua formação inicial em 2006 como Bric. A adição da África do Sul em 2011 resultou na mudança de nome para Brics. O objetivo do grupo é promover o crescimento econômico e a cooperação entre as nações.

No mês de março, o TPI emitiu o mandado de prisão contra Putin e a Comissária para os Direitos da Criança da Rússia, Alekseyevna Lvova-Belova. Ambos são acusados de cometer crimes de guerra relacionados à deportação ilegal de crianças de áreas ocupadas na Ucrânia para a Rússia.

Embora o Kremlin tenha admitido o envio de jovens ucranianos à Rússia, alegando que se tratava de órfãos, uma análise realizada pela Universidade de Yale indicou que mais de 6 mil crianças ucranianas foram mantidas em campos de "reeducação" durante o conflito. O procurador-chefe do TPI, Karim Khan, afirmou que centenas dessas crianças foram entregues para adoção na Rússia.

Apesar das sérias acusações e do mandado de prisão contra Putin, Ramaphosa afirmou que a cúpula do Brics seguirá em frente. O formato do encontro está sendo finalizado, proporcionando aos líderes dos países-membros a oportunidade de discutir questões econômicas e de cooperação regional.

O evento será uma oportunidade para os líderes discutirem maneiras de fortalecer as relações entre os países-membros e promover o crescimento econômico e a estabilidade na região. No entanto, é inevitável que a presença do presidente russo sob mandado de prisão adicione um elemento de tensão e polêmica ao encontro.