Os ministros das Relações Exteriores dos países que compõem os Brics (Brasil, Rússia, África do Sul, Índia e China) emitiram uma declaração conjunta na noite de sexta-feira (2) na qual pedem reformas na Organização das Nações Unidas (ONU).
A declaração está alinhada com o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou no final de maio, quando criticou o Conselho de Segurança da ONU, argumentando que o órgão estava perdendo legitimidade.
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"Os ministros relembraram a Resolução 75/1 da Assembleia Geral da ONU e reiteraram o apelo para a reforma dos principais órgãos das Nações Unidas. Eles reafirmaram o compromisso de revitalizar as discussões sobre a reforma do Conselho de Segurança da ONU e continuar o trabalho de fortalecimento da Assembleia Geral e do Conselho Econômico e Social", afirmaram.
Os chanceleres se reuniram na África do Sul na última quinta-feira (1º). Uma semana antes, Lula havia dito que o Conselho de Segurança da ONU estava "perdendo legitimidade". Durante um evento no Palácio do Itamaraty em comemoração ao Dia da África, na presença de representantes e embaixadores de países africanos, o ex-presidente enfatizou a necessidade de inclusão de países em desenvolvimento no conselho.
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O comunicado dos ministros segue a mesma linha e demanda maior representatividade no órgão de segurança. A China e a Rússia, especificamente, reiteraram a importância dos outros países do bloco na geopolítica mundial e expressaram apoio às aspirações do Brasil, Índia e África do Sul em desempenhar papéis mais significativos na ONU.
"Eles reafirmaram a necessidade de uma reforma ampla da ONU, incluindo o Conselho de Segurança, com o objetivo de torná-la mais representativa, eficaz e eficiente, aumentando a participação dos países em desenvolvimento para enfrentar adequadamente os desafios globais", afirma o comunicado conjunto.