No final de maio, após o PSOE, partido de esquerda que governa a Espanha, sofrer uma derrota acachapante na eleição municipal do país, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, dissolveu o parlamento e convocou uma eleição geral, que acontecerá no dia 23 de julho.
Na época, as primeiras pesquisas eleitorais indicavam que o sucesso da direita e da extrema direita no pleito municipal se reproduziria em nível nacional. No entanto, um novo levantamento mostra que a coalizão de esquerda, formada pelo PSOE e Sumar (que agrega partidos menores da esquerda espanhola), virou o jogo e deve permanecer no poder.
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De acordo com uma pesquisa realizada pelo Centro de Investigação Sociológica (CIS) e divulgada nesta quarta-feira (5), o Partido Progressista (PP), da direita tradicional, deve vencer o pleito, porém, não deve obter maioria para formar um governo, visto que o levantamento aponta para uma perda de força do Vox, sigla de extrema direita da Espanha.
Segundo o levantamento, o PP deve conquistar entre 122 e 140 lugares no Parlamento; o PSOE deve obter entre 115 e 135 assentos (atualmente, tem 120); o Sumar pode ficar com 43 ou 50 (atualmente, sob o nome de Unida Podemos, eles têm 35).
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A pesquisa mostra um declínio do Vox, que passaria de seus atuais 52 representantes no Parlamento para 29.
Caso os números da pesquisa se confirmem, mesmo que o PP se junte ao Vox, não conseguirá formar maioria absoluta para compor um governo.
De acordo com a projeção do CIS, as duas siglas de direita juntas somariam 169 posições; PSOE e Sumar, por sua vez, somam 185 cadeiras, segundo o instituto.
Líder da direita é rejeitado pelos espanhóis
A pesquisa pediu aos entrevistados que avaliassem o trabalho de Pedro Sánchez (PSOE) como líder do governo e de Alberto Feijóo (PP) como líder da oposição.
Para 71% dos entrevistados, o líder do PP exerce mal o seu papel de liderança, enquanto Pedro Sánchez é rejeitado por 48,9%.
Para o instituto de pesquisa, os números acima mostram que, apesar de estarem insatisfeitos com o trabalho do PSOE, os espanhóis ainda acreditam que os socialistas têm mais capacidade para gerir questões como emprego, educação, saúde, política social e meio ambiente.